O Flamengo começou com a postura esperada de quem precisava buscar o gol com urgência – Jorge Sampaoli fez seu time subir a marcação e pressionou a saída de bola com Bruno Henrique, Gerson, Arrascaeta e Pedro. Logo aos 30 segundos, Pedro teve a primeira grande chance e parou em defesa de Rafael. Minutos depois, o primeiro drama: Arboleda, com dores na coxa esquerda, teve de ser substituído por Diego Costa. Gerson ainda exigiu outra grande defesa de Rafael, após receber de Pulgar e dar um corte em Beraldo, mas, aos poucos, o ritmo rubro-negro diminuiu naturalmente por causa do intenso calor no Morumbi. O São Paulo só foi ter respiro depois dos primeiros 20 minutos, quando conseguiu trabalhar mais a bola e explorar, principalmente, jogadas pelo lado esquerdo com Caio Paulista – num cruzamento vindo daquele setor, Calleri disputou com a zaga e deu o primeiro susto no Flamengo. Depois da parada técnica, o Tricolor confirmou a melhora e teve outras duas boas chances: uma em chute de longe de Wellington Rato, outra num lindo voleio de Lucas que passou raspando a trave direita do goleiro Rossi. Nesse momento de maior domínio são-paulino, o Fla respondeu com Pedro – que viveu primeiro tempo pouco inspirado, mas quase abriu o placar em finalização de fora da área tentando encobrir Rafael. Aos 43, de novo na pressão, o Rubro-Negro abriu o placar: Pedro lançou Pulgar, que chutou cruzado; Rafael desviou, a bola bateu na trave e voltou no joelho do iluminado Bruno Henrique, autor do 1 x 0. O São Paulo se perdeu por alguns minutos, mas fez o Morumbi explodir nos acréscimos: após falta boba de Ayrton Lucas na lateral, Wellington Rato cruzou na área, Rossi rebateu de soco, e Rodrigo Nestor anotou o golaço que igualou tudo.
Segundo tempo
O Flamengo voltou ligado e quase conseguiu o segundo gol aos três minutos, em chute de longe de Fabrício Bruno após rebote de Rafael na área. O São Paulo, por sua vez, conseguiu na maior parte do tempo impor a velocidade que queria no jogo – mais cadenciado, deixando o tempo passar e muitas vezes voltando a bola até o goleiro Rafael para tentar criar alguma coisa. Sampaoli só foi mexer no time aos 20 minutos, com Luiz Araújo na vaga de Thiago Maia, deixando o Flamengo ainda mais ofensivo – Dorival respondeu com Gabriel Neves no lugar do pendurado Alisson e Welington na função de Caio Paulista, que saiu com dores musculares. Gabigol só entrou no Flamengo aos 25 minutos, na vaga de Pedro, mas o Rubro-Negro parecia sem forças na reta final – nem Bruno Henrique, o melhor do time em campo, teve pernas para sufocar o São Paulo nos minutos finais. A grande chance de marcar foi com Ayrton Lucas, que saiu da esquerda, cortou para dentro e exigiu grande defesa de Rafael. Nos últimos atos, houve alguma tensão, princípio de briga, expulsão de Gabriel Neves e, enfim, o apito final para o são-paulino comemorar seu primeiro título de Copa do Brasil.