Carnaval deve injetar R$ 4,5 bilhões na economia do Rio de Janeiro


A movimentação econômica esperada pela prefeitura carioca para o carnaval deste ano deverá alcançar R$ 4,5 bilhões, com aumento de 12,5% em relação a 2020, que foi a última festa antes da pandemia do novo coronavírus.

Desse montante, só o carnaval de rua deve responder por R$ 1,2 bilhão, expansão de 20% em relação a 2020. Os dados são da segunda edição do estudo Carnaval de Dados, publicação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), em parceria com o Instituto Fundação João Goulart e com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), divulgada hoje (13).

“Após o difícil momento que o Rio e o carnaval carioca passaram, com os impactos de sucessivas crises administrativas e políticas nos últimos anos, agravadas com a pandemia, é a hora de fazermos o maior carnaval da história, em 2023″, disse o prefeito Eduardo Paes durante a apresentação dos dados.

A festa de Momo na capital fluminense é responsável por um terço de toda a movimentação econômica no país, no período. A prefeitura carioca estima que a arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) de turismo alcançará R$ 23,3 milhões, resultado 20% maior do que o registrado em fevereiro de 2020, da ordem de R$ 19,4 milhões.

De acordo com o estudo, os quatro dias de folia carnavalesca têm impacto direto sobre o turismo da cidade. Entre 2011 e 2022 (excluindo 2020 e 2021, em função da pandemia), fevereiro tem o maior peso (10,2%) entre os 12 meses do ano na arrecadação do ISS ligado ao turismo, dois pontos percentuais acima da média dos demais meses do ano, o que mostra a força do carnaval carioca.

DNA carioca

O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio, Chicão Bulhões, falou sobre a importância do carnaval para as famílias cariocas.

“Além de ser importante para a cultura do Rio, [o carnaval] é também motor para o desenvolvimento econômico, por ser fonte de renda para milhares de famílias cariocas e gerar emprego não só durante os dias de folia, mas também durante todo o ano”.

Um único dia de desfile no Sambódromo do Rio movimenta cerca de 20 mil pessoas. No total, 45 mil pessoas trabalham oficialmente no período, revela o estudo. Este ano, a prefeitura deu um incentivo recorde para as escolas de samba do Grupo Especial, de R$ 2,15 milhões, o maior da série histórica.

A presidente do Instituto Fundação João Goulart, Rafaela Bastos, salientou que o carnaval é uma matriz de conhecimentos sobre a cidade do Rio de Janeiro.

“Se em termos culturais e simbólicos é sabida a sua relevância [do carnaval], este estudo vem colaborar com análises sobre aspectos econômicos, ambientais, infraestrutura, emprego e renda, os quais também são impulsionados por esta manifestação cultural, quando são realizados os eventos que trazem impacto positivo para a cidade o ano todo. Carnaval é Rio de Janeiro porque, além de tudo, desenvolve a cidade”, indicou.

Carnaval da democracia

O presidente da Riotur, Ronnie Costa, disse que, este ano, a empresa celebra o carnaval da democracia.

“Com a retomada do carnaval de rua, a estrutura moderna da Nova Intendente, palcos espalhados pela cidade e o tradicional desfile na Marquês de Sapucaí, as expectativas são as melhores. Geração de empregos, movimentação da economia e captação de turistas”.

Nos desfiles das escolas de samba de 2022, no Sambódromo, as Escolas do Grupo Especial levaram 37,3 mil componentes. Na Série Ouro, o segundo grupo do carnaval carioca, foram 28,9 mil. No total, foram 66,2 mil componentes em todos os desfiles no Sambódromo, somando as 12 Escolas do Grupo Especial e as 15 agremiações da Série Ouro. Em média, no carnaval do ano passado, cada escola do Grupo Especial levou para o Sambódromo 3,1 mil componentes e cada escola da Série Ouro levou 1,9 mil componentes.



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