Caso Joaquim: após uma década, padrasto é condenado a 40 anos de prisão por matar menino com mais de 160 doses de insulina

Ela foi absolvida de todas as acusações.

O julgamento acontece dez anos após a morte da criança, que chocou o país. Foram seis dias, cinco deles reservados para os depoimentos. O interrogatório dos réus, que ocorreria neste sábado (21), foi adiantado para sexta-feira (20), por conta da celeridade do processo.

Isso porque, das 34 testemunhas arroladas por defesa e acusação, quatro foram dispensadas. (veja mais abaixo).

No sábado, os debates entre defesa e acusação duraram mais de 12 horas, entre apresentação, réplica e tréplica.

A seguir, veja um resumo do que aconteceu no decorrer da semana.

1º dia: o desabafo do pai

  • quem foi ouvido: com sete horas, o primeiro dia de julgamento teve seis testemunhas de acusação, entre elas um policial civil, dois PMs, um bombeiro, o médico de Joaquim e o pai da criança, Artur Paes Marques.

  • o que aconteceu: o desabafo de Artur, que comoveu o júri; a fala do médico endocrinologista que diagnosticou Joaquim com diabetes na época e confirmou que uma superdosagem de insulina seria suficiente para matar a criança.

2º dia: o abraço no réu

  • quem foi ouvido: encerrado em três horas, o segundo dia teve o pai de Guilherme, Dimas Longo, a pediatra Roseli Scarpa, que cuidou de Joaquim quando ele foi diagnosticado com diabetes, e Alessandro Ponte, irmão de Natália, por videoconferência. Irmã do réu, Karina Raymo Longo optou pelo direito de não depor.

  • o que aconteceu: o abraço de Dimas Longo no filho; acusação considerou as falas do pai evasivas; para defesa, depoimento reforçou que Guilherme tinha o apoio da família.

3º dia: a recusa à internação

  • quem foi ouvido: no terceiro dia de júri, que durou sete horas, foram ouvidas oito testemunhas, entre elas a mãe do réu, Augusta Aparecida Raymo Longo, e os pais de Natália, além do delegado responsável pela investigação na época, Paulo Henrique Martins de Castro.
  • o que aconteceu: a mãe de Guilherme afirmou ter procurado Natália para propor a internação do filho, que havia voltado a consumir drogas, mas que a nora recusou a oferta; os pais de Natália pediram a retirada do réu do tribunal para prestarem depoimento.

4º dia: a falta de indícios de violência

  • quem foi ouvido: no quarto dia, os trabalhos terminaram em menos de duas horas com depoimentos de cinco das sete testemunhas intimadas, todas ligadas à área médica e perícia. Um médico psiquiatra do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e um legista foram dispensados.

  • o que aconteceu: Legista responsável pela necropsia em Joaquim, Gustavo Orsi afirmou que o exame descartou que o menino tenha sido vítima de violência física; Natália e Guilherme não esboçaram reação; Professora de Joaquim, Natália Gaetani disse que o menino estava triste e bravo com o padrasto na semana do desaparecimento.

5º dia: o interrogatório dos réus

  • quem foi ouvido: oito das nove testemunhas convocadas foram ouvidas, em sua maioria peritos, além de duas amigas de Natália. Uma psicóloga que teve contato com os réus à época do crime foi dispensada. Até então previsto para sábado, o interrogatório dos réus foi antecipado para a tarde de sexta.

  • o que aconteceu: interrogada, Natália disse acreditar que o ex-companheiro matou Joaquim; Guilherme começou falando sobre a relação com os pais e o consumo de drogas, mas um embate entre réu e o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino fez com que a defesa orientasse o cliente a deixar de responder os questionamentos.

Fonte: G1

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