Os kits foram comprados por empresas e doados ao SUS
Na pior fase da pandemia do novo Coronavirus (SARS-CoV-2), a principal preocupação é o desabastecimento de medicamentos usados para intubação de pacientes que precisam de ventilação mecânica, o chamado “kit intubação”. Com o avanço da pandemia o consumo desses insumos foram elevados, principalmente pela demanda de internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
A chegada de 2,3 milhões de kits na noite da última quinta-feira (15), no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), faz parte de um total de 3,4 milhões kits comprados por empresas e doados ao Sistema Único de Saúde (SUS), os kits são compostos por sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides, insumos básicos para realizar a intubação.
Os itens possuem autorização para importação emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os medicamentos foram fabricados em Lianyungang, na China e adquiridos pelas empresas Engie, Itaú Unibanco, Klabin, Petrobras, Raízen e TAG, além da Vale, que deu início a ação há duas semanas. Segundo a Vale, os insumos que já chegaram têm capacidade para serem utilizados em 500 leitos pelo período de um mês e meio.
Para as empresas a ação foi motivada pelo avanço da pandemia no país e pela escassez dos insumos que atendem os pacientes em UTIs. AFederação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), fez um importante alerta no último dia (13), sobre o desabastecimento de anestésicos e medicamentos do kit intubação e considerou o cenário “gravíssimo”.
Em nota enviada a produção do Portal dos 3 a Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA), informou que não tem desabastecimento de medicamentos utilizados na Intubação Orotraqueal (Kit Intubação), de pacientes graves com Covid-19. Considerando o consumo atual, o estoque da maioria dos itens é para 30 dias.
Por Arthur Amorim