Cidades do Leste da China apertaram as restrições contra a covid-19 neste domingo (3). Surgiram novos grupos de pessoas contaminadas, representando nova ameaça à recuperação econômica do país sob a rígida política de covid zero implementada pelo governo.
Wuxi, um centro de indústria têxtil no delta do Rio Yangtze, na costa central, interrompeu as operações em muitos locais públicos, incluindo lojas e supermercados. Os serviços de refeições em restaurantes foram suspensos, e o governo aconselhou as pessoas a trabalharem de casa.
As autoridades da cidade pediram aos moradores que não deixem Wuxi, a menos que seja necessário, depois que foram relatados 42 novos casos assintomáticos nesse sábado.
A China continua tentando eliminar novas infecções, como parte da abordagem rigorosa adotada no país onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019. Os lockdowns e outras medidas afetaram fortemente a segunda maior economia do mundo.
O condado de Si, na província de Anhui, colocou os 760 mil moradores em lockdown e suspendeu o tráfego público, depois de registrar 288 casos ontem. Anhui foi responsável pela maioria das novas infecções na China, relatando 61 casos sintomáticos e 231 assintomáticos nesse sábado.
A China continental registrou 473 novos casos de covid-19, dos quais 104 são sintomáticos e 369 assintomáticos, informou hoje a Comissão Nacional de Saúde. Isso se compara aos 268 novos casos do dia anterior – 72 infecções sintomáticas e 196 assintomáticas, que a China conta separadamente.
Yiwu, capital de exportação de pequenas commodities na China, cancelou voos para a capital Pequim por período não determinado, informou a TV estatal, citando medidas de prevenção contra o vírus. Yiwu relatou três casos de covid na semana passada.
Xangai, o centro financeiro mais populoso da China, relatou um caso da doença fora das áreas de quarentena da cidade, disseram as autoridades em entrevista.
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