Estudo tem suporte por meio do Programa de Apoio à Pesquisa da Fapeam
Três municípios do Amazonas estão envolvidos no projeto “Desenvolvimento de um modelo de classificação para apoio ao diagnóstico diferencial de doenças febris e exantemáticas utilizando técnicas de inteligência artificial: Vigiar”. A pesquisa tem suporte do Governo do Estado, por meio do Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O estudo realizado nos municípios de Manaus, Itacoatiara e Coari (distantes 176 e 363 quilômetros da capital, respectivamente) visa desenvolver um aplicativo de inteligência artificial que dê suporte à decisão no diagnóstico de doenças febris exantemáticas como dengue, chikungunya, zika, sarampo, entre outros.
De acordo com o pesquisador e doutor em Medicina Tropical, da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e da Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Vanderson Sampaio, a escolha dos municípios se deu por diversos motivos. Segundo ele, neles foram encontrados três cenários distintos de capacidade técnica.
“O racional é validar os modelos em cenários onde o suporte diagnóstico é baixo, dando condições melhores ao profissional de saúde para a tomada de decisão para fins de diagnóstico e notificação de casos”, completa o pesquisador.
Técnicas – Vanderson Sampaio destaca que as metodologias de inteligência artificial usadas para o aprimoramento das notificações dos casos passaram por diversas técnicas de Machine Learning (Aprendizado de Máquina) como: Random Forest (RF), Adaptative Boosting (Adaboost), Gradient Boosting Machines (GBM), Extreme Gradient Boosting (Xgboost), k-Nearest Neighbours (KNN), Naive Bayes (NB) e Multilayer Perceptron (MLP).
“A técnica que apresentou melhor desempenho foi Gradient Boosting na classificação dos casos utilizados. O artigo se encontra aprovado para publicação em revista do grupo ‘Nature: Scientific Data’. Neste trabalho, nosso grupo publica o conjunto de dados no formato de data paper para a comunidade científica, fortalecendo nossa política de open data e open science”, disse o pesquisador, adiantando que o aplicativo está em fase de teste e avaliação.
A pesquisa também conta com a colaboração de outras instituições no Brasil e no exterior, como a Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Dublin City University.
Sobre o programa – O Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas financia atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, ou de transferência tecnológica, em todas as áreas do conhecimento, que representem contribuição significativa para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Amazonas em instituição de pesquisa ou ensino superior ou centro de pesquisa, públicos ou privados, sem fins lucrativos, com sede ou unidade permanente no estado.
Com informações da ACS