Os dois resultados se aproximam do teto registrado pela série histórica, iniciada no ano 2000, pelo instituto.
O levantamento foi realizado na terça-feira (5) com 2.004 eleitores, em 135 cidades pelo país. A margem de erro é de dois percentuais para mais ou para menos.
Segundo o Datafolha, 8% dos eleitores consideram o Brasil um local ruim para viver, o que representa uma estabilidade em relação à pesquisa de dezembro de 2022, que havia apontado 9%.
Já o percentual de brasileiros que consideram “regular” o fato de morar no país caiu de 33% para 18%.
Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a correlação com o desempenho do governo não é automática: a satisfação deriva de outros fatores também, como o estado da economia, e o menor desemprego (7,6% no trimestre fechado em setembro) desde 2014.
A aprovação do governo Lula, por sua vez, se manteve estável o ano todo, chegando a este levantamento em 38%. “Na política, após a aguda turbulência dos atos golpistas do 8 de Janeiro, houve uma acomodação visível das tensões, embora isso seja mais intangível para a população”.
O orgulho de ser brasileiro também aumentou, passando de 77% para 83% em um ano, aproximando-se dos 89% registrados em novembro de 2010. Já o sentimento de vergonha em ser brasileiro caiu de 21% para 16% no período.
O momento em que a correlação quase se inverteu nesses 23 anos foi junho de 2017, durante o governo Michel Temer (MDB). Na ocasião, houve um inédito empate, com 50% dizendo ter mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro e 47%, o contrário.
Na média das 32 pesquisas em que a questão foi colocada, 76% se dizem mais orgulhosos e 22%, mais envergonhados de sua condição de brasileiro
Por: G1