O Dia da Gestante, comemorado neste 15 de agosto, é uma data voltada para os cuidados e responsabilidades com a saúde das grávidas, principalmente as que precisam de monitoramentos mais detalhados e restritos. A nível estadual, esse acompanhamento é feito por meio do pré-natal de alto risco, que se enquadram mulheres com hipertensão, diabetes, hepatite, HIV, histórico de perda, infecções crônicas e entre outros.
Uma das unidades de saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), a Policlínica Codajás, realiza esse tipo de atendimento e a supervisão das pacientes.
A gestante Liciane Ferreira, de 35 anos e grávida de seis meses, é uma das pacientes da policlínica que participa do acompanhamento para assistir o crescimento do bebê e os exames que identificam alguma alteração. Liciane recebeu o diagnóstico de colesterol, triglicerídeos e glicose alterados.
“A qualidade de vida melhorou devido ao médico solicitar que eu fizesse uma dieta, com certeza o modo de vida melhora muito com os acompanhamentos vindo aqui”, relatou a paciente.
Há três meses sendo acompanhada na unidade, a partir de exames e dieta prescrita pelo médico, Liciane conseguiu regular as taxas nos exames e seguir com uma gestação mais segura. “Temos que buscar o nosso bem-estar, quando eu engravidei estava com sobrepeso, então eu sabia que ia ter consequências, mas sou teimosa e veio tudo alterado. Agora está diminuindo porque estou tendo esse acompanhamento”, contou.
Atendimento
Para o atendimento na unidade, a paciente precisa deter de um encaminhamento indicando qual fator de risco a enquadra em “Alto Risco”. São encaminhadas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou pelo sistema de regulação, com identidade e cartão do SUS, junto dos exames. A avaliação é feita pela equipe de enfermagem, que faz um relatório sobre o estado de saúde e, posteriormente, é encaminhada para o médico ginecologista e obstetra, o qual faz o acompanhamento de acordo com a situação da gestante.
De acordo com a enfermeira da unidade, Eliane Matos, a avaliação é feita medindo os riscos para a mãe e para o bebê, avaliando o motivo inicial do encaminhamento e, a partir disso, para outras condições que possam afetar sua gestação.
“A gestante é admitida, passa por uma primeira consulta, que chamamos de consulta de enfermagem que é executada pelo enfermeiro. A partir de então ela é direcionada para um dos nossos obstetras para acompanhamento. Esse acompanhamento segue durante todo o período da gestação, ou até o momento que o médico definir que essa paciente não tenha mais necessidade de permanecer no pré-natal de alto risco, encaminhando-a de volta para a atenção básica para que ela dê seguimento na supervisão apenas pelas unidades básicas de saúde (UBS)”, explicou a enfermeira.
A equipe da unidade é multidisciplinar, contando com enfermeiros, obstetras, endocrinologistas, além do apoio de outras especialidades que estão dentro da policlínica, como psicologia, cardiologia, neurologia. “O obstetra identifica essa necessidade, juntamente com os outros membros da equipe, e faz o encaminhamento para estes outros profissionais”, salientou Eliane.
Conforme o quadro de saúde da paciente, ela pode ser acompanhada quinzenalmente, semanalmente ou mensalmente. Atualmente, existe uma média de 10 a 12 pacientes atendidas por dia, com horário de segunda a sexta. O tratamento é feito de forma compartilhada com as Unidades Básicas de Saúde (UBS), de responsabilidade do município, com acompanhamento endócrino e ginecológico.
Com informações da ACS