Seja na garantia dos direitos e proteção de crianças e adolescentes, o acesso a uma alimentação nutritiva e de qualidade e a atenção às pessoas em situação de vulnerabilidade, tudo isso envolve o trabalho da assistência social. Nesta quarta-feira (15/05), Dia do Assistente Social, a Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) celebra a importância desses profissionais que atuam na linha de frente do Sistema Único de Assistência Social (Suas) no Amazonas.
Assistente social há mais de 15 anos, a diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE), Adriana Pellin, classificou a profissão como desafiadora, porém gratificante. O setor em que ela trabalha é responsável por lidar com vínculos rompidos e direitos violados, como maus tratos e negligência.
“Trabalhamos para viabilizar direitos e para que essas pessoas que precisam de nós não fiquem desassistidas. Não é só dar um benefício, é transformar a vida dessas pessoas. Nosso trabalho é garantir que o Suas e os demais serviços ofertados sejam executados e funcionem da melhor forma”, ressalta Adriana Pellin.
Ao longo da carreira, Adriana coleciona alguns momentos marcantes, como quando trabalhou no abrigo emergencial para acolhimento de pessoas em situação de rua, durante a pandemia da Covid-19, em 2021. A base, que ficava na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, foi criada pelo Governo do Amazonas e atendia cerca de 350 pessoas diariamente. Ali, ela definiu a chave para um bom acolhimento: a empatia.
“Precisamos nos colocar no lugar do outro. A assistência social é para todos que dela necessitam, sem distinção. Saber escutar o outro sem fazer nenhum tipo de julgamento e ter, em primeiro lugar, empatia. Cada pessoa está num momento e situação diferente. Aqui, para mim e para os técnicos do DPSE, a empatia e a escuta são o norte do nosso trabalho”, pontua a diretora.
Cuidar do outro foi um dos motivos que levou Monik Araújo a se tornar assistente social. Na profissão há 16 anos, ela atualmente é coordenadora do programa Prato Cheio, no interior do estado. O programa faz parte da estratégia de combate à insegurança alimentar do Governo do Amazonas e está presente em 26 municípios.
O programa é dividido em dois serviços distintos: os restaurantes populares, que vendem refeições no valor simbólico de R$ 1; e as cozinhas populares, onde a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro de alimento.
A segurança alimentar, explica Monik Araújo, é um direito e um dos pilares do nosso trabalho na Seas. O Prato Cheio fornece refeições balanceadas, completas e de qualidade, mas vai muito além disso.
“Buscamos desenvolver a economia do município e dos usuários, por meio de cursos profissionalizantes, para que saiam da condição de vulnerabilidade. Fornecemos o alimento, mas também incentivamos o desenvolvimento das pessoas que frequentam as unidades”, afirma a coordenadora.
À frente da coordenação das unidades do interior, a assistente social já presenciou histórias e momentos emocionantes. Em um dos 26 municípios que implantaram o Prato Cheio, uma mãe elogiou a iniciativa e agradeceu pela refeição, porque há algum tempo a família não consumia carne vermelha.
“Ver a gratidão das pessoas e saber que você faz parte daquilo é gratificante e faz tudo valer a pena. Chegar até aqueles que mais precisam é a nossa missão. O Prato Cheio é mais que a comida na mesa; ele devolve a dignidade dessas famílias”, enfatiza a assistente social.
Origem da data
O Dia do Assistente Social surgiu com o Decreto 994/62, editado em 15 de maio de 1962, que regulamenta a profissão, criando assim os Conselhos Federal e Regionais, que regimentam as atividades da classe.
O exercício profissional também é orientado pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988, e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população.
FOTO: Jimmy Christian/Seas