Exército diz que comprou três próteses penianas em 2021

O Exército afirmou que comprou “apenas três próteses penianas” em 2021 para cirurgias de usuários do fundo de saúde da corporação. Nesta terça-feira (12), o deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuro (Podemos-GO) pediram ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal que investigasse pregão autorizado para a compra de 60 próteses, ao custo de quase R$ 3,5 milhões, no período. Em nota, o Exército negou as afirmações dos parlamentares e alegou que fez a estimativa de preços de 60 unidades, mas concretizou a compra de apenas três. A resposta divulgada não informa o valor gasto.

De acordo com Vaz, o Ministério da Defesa teria aprovado três pregões para a aquisição de 60 próteses com comprimento entre 10 e 25 centímetros. O valor unitário dos produtos seria de R$ 50 mil a R$ 60 mil. Ainda segundo o deputado, “todos os processos já foram homologados”.

O deputado Elias Vaz tinha divulgado na segunda-feira (11) que as Forças Armadas autorizaram processos de compra de 35.320 unidades de citrato de sildenafila, conhecido como Viagra, medicamento indicado para o tratamento de disfunção erétil. Em nota, a Aeronáutica informou que o medicamento é usado para hipertensão arterial pulmonar e em pacientes com esclerose sistêmica, para melhor controle do fenômeno de raynaud em pessoas acometidos pela grave doença. A Aeronáutica ressaltou que o uso para o tratamento de disfunção erétil, principal uso indicado do viagra, “não se encontra priorizada nesse tipo de aquisição”.

O texto diz ainda que o sistema de saúde do Exército, que atende cerca de 700 mil pessoas, tem como receita recursos de um fundo composto por contribuição mensal de todos os beneficiários e da coparticipação para o pagamento dos procedimentos realizados.

“É atribuição do Sistema de Saúde do Exército atender a pacientes do sexo masculino vítimas de diversos tipos de enfermidades que possam requerer a cirurgia para implantação da prótese citada”, diz a nota divulgada pelos militares.

Fonte: Portal Baré

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