Exposição ‘Olho Mágico’ celebra os 128 anos do Teatro Amazonas e aproxima comunidade estudantil do universo artístico


Foto David Martins

A Casa das Artes abriu suas portas, na segunda-feira (30/12), para receber a exposição “Olho Mágico”, um projeto pioneiro que une arte e educação. A mostra, que faz parte das comemorações pelos 128 anos do Teatro Amazonas, comemorados nesta terça-feira (31/12), apresenta obras de estudantes que participaram de um projeto-piloto entre os meses de outubro e dezembro, com imersões e oficinas realizadas no espaço do teatro e aulas no Palacete Provincial.

A exposição, que ficará até o dia 2 de fevereiro, está aberta nesta terça-feira (31/12), no Réveillon do Largo, das 15h às 19h, e nos demais dias, de quarta a domingo, das 15h às 20h. O público terá a oportunidade de conferir o talento dos jovens artistas, ao mesmo tempo em que explora a conexão entre a arte e o maior símbolo cultural do Amazonas.

Patrimônio da Humanidade

De acordo com a diretora do Teatro Amazonas, Elizabeth Cantanhede, a exposição também marca um passo importante na preparação para o reconhecimento do teatro como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. “Essa exposição celebra os 128 anos do Teatro Amazonas e é parte de um processo maior, que busca o reconhecimento dos teatros da Amazônia, como o Teatro Amazonas e o Teatro da Paz, como patrimônios da humanidade”, explicou a diretora.

“Esse processo exige etapas importantes, e a principal delas é que a população se aproprie do teatro, vendo-o como um espaço seu, como sua casa, onde pode assistir a espetáculos, conhecer sua história e celebrar momentos marcantes”, pontuou.

A visão do idealizador

O idealizador do projeto, Jorge Kennedy, destacou que o “Olho Mágico” nasceu da observação do desejo da comunidade em se conectar com o Teatro Amazonas. “Percebi a curiosidade enorme das pessoas em conhecer o teatro de perto, mas muitas não tinham a oportunidade de entrar ou vivenciar o espaço”, destacou. “Decidimos começar pelas escolas, para que os alunos tivessem uma relação mais imersiva com o teatro. A ideia é ampliar o projeto para que mais escolas e estudantes participem no futuro”, afirmou.

Bastidores

A experiência foi transformadora para os jovens participantes. Sofia Mafra, do Colégio Farias Brito, contou que foi uma oportunidade única. “Foi incrível! Eu nunca imaginei participar de algo assim. Era uma mistura de alegria e ansiedade porque tudo era novo. O desafio maior foi conciliar os estudos com os desenhos, mas no final, valeu muito a pena”, relatou.

Para Quinn dos Santos, do Colégio Amazonense Dom Pedro II, os momentos de imersão no teatro revelaram detalhes surpreendentes. “Descobrir que o Teatro Amazonas foi construído como uma grande maquete, com peças trazidas de várias partes do mundo e montado igual um lego, foi fascinante. E eu também não sabia que o Brasil já teve um período em que falávamos francês por influência cultural. Isso foi muito impactante”, destacou.

E Nicolas Seraphim, também do Colégio Amazonense Dom Pedro II, enfatizou a intensidade do projeto. “Foi uma experiência bem intensa, porque exige muito foco e dedicação. Mas, ao final, percebi o quanto aprendi e cresci com essa oportunidade”, comemorou.

Os estudantes também falaram sobre o impacto do projeto em suas perspectivas artísticas. “Pretendo fazer faculdade de artes visuais na UEA e tentar viver disso. Se não der certo, a arte será meu hobby para a vida”, afirmou Sofia. “A arte é mais um hobby por enquanto, mas quem sabe o que o futuro reserva?”, comentou Quinn.

A exposição “Olho Mágico” é uma oportunidade imperdível para quem deseja explorar o talento dos jovens artistas e compreender a importância cultural e histórica do Teatro Amazonas. A mostra pode ser visitada na Casa das Artes até o dia 2 de fevereiro, de quarta a domingo, das 15h às 20h.



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