Flay volta a falar sobre trauma do passado: “Não tem nada que eu não perdoe”


ATENÇÃO: a matéria a seguir aborda assuntos como abuso e violência sexual, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você esteja passando ou conheça alguém que possa estar sendo vítima deste tipo de violência, procure o canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, pelo telefone 100.

Ao participar do podcast “GringaCast”, Flay compartilhou sem rodeios que foi capaz de perdoar o homem que a abusou na infância. A cantora, que negou ter feito terapia, disse que sua fé a ajudou a superar o trauma do passado. “A gente não perdoa o outro pelo mérito dele, é pela graça de Deus na nossa vida e para nos libertamos mesmo disso aí”, disse.

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O assunto surgiu depois que o apresentador J. Renato DaSilva questionou se ela conseguiu perdoar seus desafetos no BBB. Flay assentiu, dizendo: “Independentemente de ser jogo, a pessoa que me machucar, eu vou perdoar. Porque essa é a minha essência. Não tem nada que eu não perdoe, não tem ninguém que eu não perdoe”.

Foi então que ela citou o abuso sexual sofrido quando tinha apenas 12 anos. “Já teve coisa muito difícil, eu hoje tenho 29 anos, e teve uma situação que eu vim perdoar agora, com muito estudo de educação e de inteligência emocional. Quando eu tinha 12 anos, eu fui abusada. Isso é algo que eu escondi a minha vida inteira.”

“Quando eu consegui falar, foi no meu álbum, que eu soltei no ano passado, mais conceitual, e foi um álbum em que eu contei a minha história em forma de música. É só aí eu consegui abrir esses assuntos, porque até no BBB, quando tinha esses assuntos, eu sempre ó, vazava de perto.”

“Isso foi o mais difícil que eu tive de perdoar, que agora, recentemente, eu falei: ‘Como é que eu vou perdoar uma pessoa que me abusou sexualmente, que abusou de uma menina? Como vou conseguir ter esse nível de maturidade, de nobreza no coração para perdoar uma situação dessas?’. Mas a gente não perdoa o outro pelo mérito dele, é pela graça de Deus na nossa vida e para nos libertamos mesmo disso aí“, justificou.

Ademais, justificou que sua espiritualidade foi um fato decisivo. Eu nem faço terapia. Juro para você. As vezes que eu tentei, achei inútil. Eu me apego muito na minha fé. Diante de tanto hate que uma pessoa como eu recebi quando saí do Big Brother, se eu continuei com a cabeça tão forte, é porque o meu espiritual é muito forte. Eu sempre tô alimentando o meu espiritual. Por isso, eu não sinto necessidade [de terapia]. Se eu sentir, em algum momento, vou buscar. Não é algo que fez diferença para mim”, finalizou.

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