França culpa ingressos falsos e Liverpool por tumulto em final da Liga

O governo francês culpou nesta segunda-feira (30) a enorme fraude de ingressos e a forma como o Liverpool lida com seus torcedores pelos problemas com a torcida que abalaram a final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid, em Paris, no fim de semana.

Mas, dando prosseguimento a um jogo de empurra, nesta segunda-feira (30) o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, descreveu as cenas do lado de fora do estádio, com alguns torcedores, incluindo crianças, atacados com gás lacrimogêneo pela polícia francesa, como profundamente perturbadoras.

O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que o Liverpool forneceu a seus torcedores ingressos em papel, e não eletrônicos, o que permitiu a possibilidade do que ele descreveu como uma “fraude maciça em escala industrial”.

Mais de dois terços dos ingressos apresentados por cerca de 62.000 torcedores do Liverpool eram falsos, acrescentou o ministro.

“Quero dizer mais uma vez que as decisões tomadas evitaram mortes ou ferimentos graves”, disse Darmanin a repórteres após realizar uma reunião de emergência na segunda-feira (30).

A partida foi adiada em mais de 35 minutos depois que a polícia tentou conter as pessoas que buscavam forçar a entrada no estádio sem ingressos. Alguns portadores de ingressos reclamaram que não conseguiram entrar.

Imagens de televisão mostraram imagens de jovens que não pareciam estar vestindo camisas vermelhas do Liverpool pulando os portões do estádio e fugindo da segurança para entrar na partida. Outros do lado de fora, incluindo mulheres e jovens, foram atacados com gás lacrimogêneo pela tropa de choque, disse uma testemunha da Reuters.

O presidente-executivo do Liverpool, Billy Hogan, disse que o clube quer uma “investigação transparente” da Uefa.

O problema com a torcida se tornou uma questão política antes das eleições parlamentares do próximo mês e arranha a imagem da França, que sediará a Copa do Mundo de Rugby em 2023 e os Jogos Olímpicos em 2024.

* É proibida a reprodução deste conteúdo.

Compartilhe nas Redes

últimas noticias