Governador sanciona lei que assegura atendimento psicológico a mulheres mastectomizadas no Amazonas

Até a primeira semana de maio, foram realizadas 72 mastectomias no estado

O objetivo é reduzir sequelas decorrentes do processo cirúrgico. FOTOS: Laís Pompeu/Fcecon

Mulheres mastectomizadas agora têm assegurada a assistência psicológica no âmbito do Sistema Estadual de Saúde do Amazonas. A lei, sancionada pelo governador Wilson Lima, aplica-se a todas as mulheres que passaram por cirurgia em unidade pública de saúde. O objetivo é reduzir sequelas decorrentes do processo cirúrgico.

A cirurgia de mastectomia é um tratamento em que a mama é retirada total ou parcialmente. No ano passado, 300 mastectomias foram realizadas na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon). Neste ano, de janeiro até a primeira semana de maio, foram 72.

De acordo com a mastologista e chefe do Serviço de Mastologia da FCecon, Hilka Espírito Santo, alguns pacientes necessitam de atendimento psicológico desde o pré-operatório, durante a internação e no pós-operatório.

“A hora em que a mulher mais precisa de um apoio é na hora do diagnóstico. A autoestima fica prejudicada. A psicologia tem o poder de acolher a mulher nesse momento tão difícil, que é receber um diagnóstico de ter que remover a mama”, explica Hilka.

Acompanhamento

Hilka Espírito Santo, mastologista da FCecon. FOTOS: Laís Pompeu/Fcecon

Durante as consultas na FCecon, o serviço de psicologia acompanha o atendimento nos ambulatórios junto aos médicos mastologistas.

Caso seja identificado, durante a consulta, que há necessidade de um acompanhamento psicológico também para a família, é feita a solicitação e realizado o serviço. O objetivo é que a paciente se sinta acolhida.

Tratamento

Os exames periódicos são fundamentais para garantir o tratamento precoce, de acordo com a mastologista Hilka Espírito Santo. “O serviço de psicologia faz parte do atendimento multidisciplinar e humanizado, para que mulheres encontrem o apoio necessário para não enfrentarem, sozinhas, um momento tão delicado que é a mastectomia”, disse.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, “a mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos”.

Com informações da ACS

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