Governo do Amazonas realiza oficina de “chipagem” de peixes em Iranduba

Atividade, executada pela Sepror, teve por finalidade o nivelamento de técnicos que desenvolvem ações voltadas para os piscicultores que trabalham com reprodução de peixes

FOTOS: Emerson Martins/Sepror

O Governo Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), realizou, na sexta-feira (13/05), uma oficina de Chipagem de Matrizes e Reprodutores de Tambaqui, para técnicos dos setores de Pesca e Aquicultura da pasta, na propriedade Bicho do Rio, localizada na rodovia AM-070, quilômetro 26, município de Iranduba (distante 27 quilômetros de Manaus).

A ação faz parte do “Programa Tambaqui Plus”, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Governo do Amazonas, que, por meio de chipagem do peixe, identifica os animais e coleta material genético para o mapeamento dos genes, visando evitar o cruzamento de indivíduos aparentados, e assim produzindo alevinos de melhor qualidade.

O procedimento de marcação eletrônica consiste na introdução de um microchip próximo a nadadeira dorsal do peixe, que passa a ser a identificação do indivíduo, funcionando como uma espécie de “RG”. A partir dessa identificação, o piscicultor passa a gerenciar melhor seu plantel de peixes no processo de reprodução.

O secretário executivo adjunto de Pesca e Aquicultura da Sepror, Leocy Cutrim, afirma que primeiramente a oficina está sendo oferecida para os técnicos da casa, para que futuramente, o procedimento seja executado na propriedade de piscicultores de outros municípios.

“O objetivo dessa capacitação é preparar nossos técnicos, para que eles estejam aptos para trabalhar na chipagem. Isso vai permitir que o piscicultor tenha o controle de suas matrizes, onde poderá fazer a variabilidade genética do seu plantel de peixes, e que seja o melhor possível”, ressalta Leocy.

Além da chipagem, foram coletadas amostras de nadadeiras para análise genética de cerca de 50 peixes. Tal procedimento visa mapear os genes do plantel, para identificação do grau de parentesco e assim evitar a endogamia (cruzamento de indivíduos com semelhança de genes).

“A endogamia traz grandes prejuízos para a piscicultura, pois ela compromete a qualidade do plantel podendo acarretar em indivíduos defeituosos, com baixo desempenho de crescimento e ganho de peso” finaliza o gerente de aquicultura da Sepror, Andreson Amâncio.

O material coletado dos peixes vai ser repassado para Embrapa, para fazer uma análise do conteúdo genético do animal. Com isso, os dados dos peixes vão ser entregues ao piscicultor, onde ele poderá monitorar a qualidade e o desenvolvimento de seu plantel com sanidade e qualidade.

Com informações da ACS

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