Helicóptero que caiu em SP se chocou com árvore, diz Cenipa

Quatro pessoas que estavam a bordo, incluindo o piloto, não sobreviveram; caso foi registrado como homicídio culposo pela Polícia Civil

As primeiras informações sobre a investigação do helicóptero que caiu em Paraibuna (SP) na véspera do Réveillon foram divulgadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB). O histórico da ocorrência do caso aponta que a aeronave colidiu com uma árvore durante o voo. O helicóptero foi encontrado na última sexta-feira, após 12 dias desaparecida. As quatro pessoas que estavam a bordo, incluindo o piloto, não sobreviveram.

“A aeronave decolou do aeródromo Campo de Marte (SBMT), São Paulo, SP, com destino ao heliponto Maroum (SJDO), Ilhabela, SP, com um tripulante e três passageiros a bordo, a fim de realizar voo privado. Durante o voo, a aeronave colidiu com a vegetação em área de mata do município de Paraibuna”, afirma a Cenipa.

A investigação que apura a queda do helicóptero está em fase de “reporte inicial” e um relatório final deve ser divulgado ao fim dos trabalhos. Na etapa atual, a Cenipa reúne informações preliminares que podem mudar com o andamento da análise.

Estavam a bordo do helicóptero: Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos; Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto (filha de Luciana), de 20; Rafael Torres (amigo da família), de 41 anos; e Cassiano Tete Teodoro (piloto), de 44 anos. O grupo ia passar a virada do ano em Ilhabela.

A Polícia Civil informou nesta segunda-feira que o caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No boletim de ocorrência, consta que o piloto da aeronave foi incluído como autor e vítima.

O documento aponta também que três dos quatro corpos do acidente aéreo foram localizados presos à fuselagem do helicóptero. O outro foi encontrado em área de mata.

Saiba como foram os momentos que antecederam a morte dos quatro ocupantes do helicóptero e o desaparecimento da aeronave:

O helicóptero, modelo Robinson R44, decolou do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela às 13h15 no dia 31 de dezembro. A bordo estavam Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, sua filha, Letícia Ayumi Rodzewics Sawunoto, de 20, Rafael Torres, 41 anos, um amigo da família que fez o convite para o passeio e o piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos. Eles iam passar a virada do ano em Ilhabela. Luciana compartilhou nas redes sociais um vídeo que mostra o céu muito nublado durante a decolagem.

Último sinal e o desaparecimento

Às 15h10 do dia 31 aconteceu o último contato do helicóptero com a torre de controle, quando sobrevoava Caraguatatuba. Às 22h30, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi notificada do desaparecimento.

A família informou que o grupo fez um pouso de emergência numa área de mata por conta do tempo ruim. Irmã de Luciana e tia de Letícia, Silvia Santos disse que a jovem enviou mensagem dizendo que a situação estava perigosa por causa do excesso de neblina: “estou voltando”, finalizou. O piloto teria relatado dificuldades e falta de visibilidade adequada ao coordenador do heliponto em Ilhabela.

A operação começou na madrugada do réveillon e se concentrou na região de serra do litoral norte de São Paulo, entre Caraguatatuba e Paraibuna. Um avião e um helicóptero da FAB além de aeronaves e drones da Polícia Civil e da Polícia Militar de São Paulo foram usados. No sábado (6), encontraram o local do pouso de emergência, sem vestígios.

A área inicial de buscas era de cinco mil quilômetros. Na quarta (10), a Polícia Civil de São Paulo conseguiu reduzir a área para um raio de 12 quilômetros após uma antena de Paraibuna ter captado sinais dos celulares dos passageiros entre as 23h54 do dia 31 de e 22h14 do dia 1° de janeiro. Não havia caixa preta ou qualquer mecanismo de geolocalização no helicóptero.

Destroços do helicóptero foram localizados às 9h15 em área de mata em Paraibuna por um helicóptero na última sexta-feira (12). Acredita-se que a distância entre o local do pouso de emergência e o ponto da queda era pequena – cerca de 10 quilômetros. Um segundo helicóptero, H-60 Black Hawk, da FAB, voou ao local com uma equipe especial de resgate com nove pessoas que desceram de rapel e confirmaram a presença dos corpos. A cidade de Paraibuna fica a 120 quilômetros do Aeroporto Campo de Marte e a 80 quilômetros de Ilhabela.

Fonte: Globo

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