Investimento em novos equipamentos usa a tecnologia no combate à criminalidade no Amazonas


Inovações na segurança passam por sistemas de inteligência, equipamentos e veículos utilizados na capital e interior.

Nos últimos anos a tecnologia se tornou a principal aliada da segurança pública no combate à criminalidade, seja na capital, a partir de investimentos em equipamentos que reforçam o policiamento ostensivo, ou até mesmo nas comunidades mais distantes do Amazonas, onde as forças de segurança dispõem de aparelhamento robusto contra o narcotráfico oriundo de outros países.

Grande parte das inovações foram executadas por meio do programa Amazonas Mais Seguro, lançado pelo governador Wilson Lima, que destinou cerca de R$280 milhões para a segurança.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, general Carlos Alberto Mansur, destaca um dos carros-chefes do programa, o “Paredão”, como a evolução no sistema de inteligência do Amazonas. O sistema conta com 500 câmeras de videomonitoramento espalhadas pela capital, auxiliando principalmente em casos de roubos de veículos, furtos e homicídios.

“É um sistema de 500 câmeras inteligentes colocadas em pontos estratégicos aqui da nossa capital e que tem ajudado e muito no combate à criminalidade, tanto na recuperação de veículos quatro rodas e duas rodas sob restrição como também apoiado a Polícia Civil nas suas investigações. Sabemos que o crime anda sob rodas e onde tem um homicídio passou uma moto ou um carro”, explicou Mansur.

Os investimentos, segundo o secretário, perpassam pela atualização da frota de veículos utilizada pela Polícia Militar com GPS e câmeras inteligentes abarcadas, além da modernização do armamento utilizado pelos policiais.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), já foram entregues 10,8 mil pistolas 9 mm de origem italiana, substituindo a Taurus PT 40 que era usada pela polícia, 14 metralhadoras e 77 mil munições.

Segurança na fronteira
Além das medidas executadas na capital, a tecnologia tem sido aplicada pela segurança em estratégias e no aparato das equipes que atuam nas zonas mais distantes do Amazonas, inibindo atividades ilegais como crimes ambientais, o narcotráfico e a pirataria. Essas práticas utilizam os rios como rota de transporte de materiais ilícitos.

Pelo Gabinete de Gestão Integrada de Fronteiras e Divisas (GGI-F) da SSP-AM, destacam-se a utilização de lanchas blindadas com câmeras termais para patrulhamento fluvial, óculos de visão noturna, fuzis de precisão e capacetes balísticos pelas forças de segurança.

“O Governo do Estado teve uma visão diferenciada no tratamento dessas ocorrências ribeirinhas. Nós sabemos que a nossa malha viária são os rios, nossas hidrovias são o maior meio de locomoção da população, então através dessa acessibilidade do Governo do Estado nós conseguimos adquirir equipamentos que trazem segurança para o agente da segurança pública”, afirmou o secretário executivo do GGI-F, capitão Diego Magalhães.

O comandante da Companhia de Operações Especiais (COE), capitão Ladislau Neto, afirma que o uso dos materiais possibilitou maior produtividade na apreensão de drogas. Somente em 2022, mais de dez toneladas de drogas foram apreendidas.

“Os equipamentos adquiridos têm grande importância para nós porque nós trabalhamos com segurança. Eu cito aqui a metralhadora Negev que é uma metralhadora de apoio de fogo. O OVN é um equipamento de alta tecnologia que transforma a noite em dia, então podemos operar de forma noturna com segurança. Esses equipamentos nos trouxeram maior produtividade na apreensão de drogas de narcotraficantes e piratas nos rios Solimões e Negro”, disse o comandante.

Investigações
Para as investigações, o Governo do Estado entregou ao Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) 54 maletas com kits para coleta de vestígios por peritos da Polícia Civil em locais de crime. O trabalho de investigação também está sendo reforçado com mais cinco detectores de metais, que servem para localizar projéteis em locais de homicídio.

A perita do Instituto de Criminalística (IC), Elizandra Campos, afirma que os kits deram mais agilidade e precisão ao trabalho realizado pelos profissionais em vários tipos de crimes.

“Quando a gente fala de crimes são crimes contra a vida, crimes contra o patrimônio, meio ambiente, e os equipamentos nos permitem detalhar, fazer com que a evidência seja minuciosamente descrita. Isso faz com o que o laudo seja mais robusto, com que a gente consiga efetivamente fazer a prova ser cabalmente colocada sem nenhum tipo de dúvida”.



Fonte

Compartilhe nas Redes

últimas noticias