Justiça mantém prisão de delegada flagrada com R$ 1,7 milhão

A Justiça manteve a prisão da delegada de polícia Adriana Belém, presa ontem (10) na Operação Calígula, após ser flagrada com R$ 1,7 milhão em seu apartamento. Em audiência de custódia, realizada hoje (11), a juíza Daniele Lima Pires Barbosa negou pedido de relaxamento da prisão.

A delegada permanecerá presa no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, considerada uma unidade para presos especiais e que funciona como a porta de entrada para o restante do sistema prisional do estado.

“Indefiro os pedidos de relaxamento de prisão e liberdade provisória e converto a prisão em flagrante de Adriana Cardoso Belém em prisão preventiva”, escreveu a magistrada em sua decisão.

A juíza considerou haver provas para a manutenção da prisão da delegada em razão do alto valor em espécie apreendido na casa de Adriana Belém.

Material apreendido na casa da delegada Adriana Belém
Material apreendido na casa da delegada Adriana Belém

Material apreendido na casa da delegada Adriana Belém – MPRJ

“Ora, é evidente que a vultuosa quantia apreendida em poder da custodiada, aliada a denúncia ofertada pelo Ministério Público por corrupção passiva, onde foi narrado que a custodiada receberia valores para liberar a ação de caça níqueis, indicam que ela estaria ocultando e/ou dissimulando a origem e movimentação desses valores provenientes de infração penal”, continuou a juíza.

A magistrada ressaltou que os valores encontrados na residência da delegada demonstram indícios “de continuidade de atuação da custodiada no crime de corrupção passiva”: “Assim, evidente a necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do custodiado como medida de garantia da ordem pública e da ordem econômica, com vistas ao restabelecimento da paz social concretamente violada pela conduta do custodiado.”

Também durante a audiência de custódia, ao analisar o mandado de prisão, a juíza Daniele Barbosa negou o pedido da defesa da delegada para substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar. Em manifestação, o Ministério Público requereu a manutenção da prisão.

A defesa da delegada Adriana Belém foi procurada para se manifestar sobre a decisão, mas até a publicação desta matéria não havia se pronunciado.

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