O desaparecimento de Raimundo Morais de Lima, em abril de 2016, foi solucionado após confirmação genética do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística do Amazonas. A identificação foi realizada a partir do material genético coletado durante a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de pessoas desaparecidas.
Conforme a gerente do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística (IC), Daniela Koshikene, o caso foi elucidado com o auxílio das amostras da família, que buscava notícias pelo homem que na época tinha 40 anos.
“Nós coletamos o material biológico da irmã, mãe e pai do desaparecido. E, recentemente, nós tivemos o resultado da busca no Banco de Perfis Genéticos de indicação de que um corpo encontrado no Centro de Manaus, na Saldanha Marinho, no mês de abril e também em 2016, era justamente o irmão e o filho que eles estavam procurando”, disse Daniela.
O autônomo, Cleomar Morais, irmão de Raimundo, relatou o sentimento de alívio após quase oito anos do desaparecimento. “Primeiro agradecer a Deus, mas nós como familiares não gostaríamos de receber essa notícia, porém nos sentimos aliviados porque agora temos a certeza do que de fato aconteceu com ele e não temos mais dúvidas. O que eu tenho para falar aos familiares de desaparecidos é que eles devem acreditar e realizar o exame de DNA para solucionar o caso”, comentou o irmão.
DNA
O Banco de Perfis Genéticos funciona para auxiliar tanto nas investigações criminais, quanto na identificação de pessoas desaparecidas. Possuindo perfis genéticos dos familiares de uma pessoa desaparecida, o banco de perfis genéticos analisa relações de parentesco entre estas pessoas, e os confronta, por exemplo, com restos mortais não identificados ou pessoas de identidade desconhecida.
“Se tiver uma família que tenha um familiar desaparecido e que você acredite que tenha possibilidade dele já não voltar mais e quiser realizar buscas não apenas no Amazonas, mas também no resto do país pelo Banco de Perfis Genéticos, eles podem comparecer em uma delegacia, vão solicitar uma requisição de perícia para identificação de pessoas desaparecidas e comparecer no laboratório para que seja coletado o material biológico. É necessário que venham os parentes mais próximos, como mãe, pai e filhos para fazer a coleta”, ressaltou Koshikene.
Laboratório de Genética Forense
Os familiares de desaparecidos que quiserem fazer parte do banco de DNA no Amazonas devem procurar o Instituto de Criminalística para a coleta de material. O instituto fica na avenida Noel Nutels, 300, bairro Cidade Nova, zona norte da capital. O atendimento no laboratório funciona das 8h às 17h.
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