Apesar do alto número, os dados podem ser ainda maiores, pois outras 231 mortes ainda estão sendo investigadas. Até o dia 6 de abril, as investigações apontam 592.453 casos prováveis de dengue em todos em todo o País, com incidência de 278 casos para cada 100 mil habitantes e, de todos os 5.570 municípios brasileiros, 4.230 tiveram ao menos um caso positivo de dengue em 2023.
O estado mais afetado pela doença foi o Espírito Santo, que teve incidência de 1.568 casos por 100 mil habitantes. No primeiro semestre de 2022, o estado havia registrado 1.742 casos e agora já registra 64.422. Minas Gerais é o estado que apresenta o maior aumento de casos, 170.164 casos notificados apenas no primeiro trimestre deste ano. Já Mato Grosso do Sul registrou alta de 4.248 casos para 24.048.
Segundo o mais recente boletim epidemiológico publicado pelo Ministério, o estado de São Paulo confirmou 88,8 mil casos de dengue e 70 mortes pela doença até o momento. Apesar do alto número, os dados apontam diminuição de casos em relação ao mesmo período do ano passado, em que foram registrados 16,6 mil casos e 103 óbitos.
A pasta chama atenção para a alta de mortes entre crianças de 4 a 7 anos de idade, no interior de São Paulo, durante o período de análise, registradas em Osvaldo Cruz, Junqueirópolis e Lins. Outras cidades do estado também estão em situação de epidemia devido à dengue, sendo elas Itápolis (2.396 casos), Taquaritinga (3.815) e Presidente Prudente (6.849). Prudente já registrou sete mortes pela doença este ano.
Vale ressaltar que em 2022, o País notificou o maior número de mortes por dengue desde a década de 1980, registrando 1.016 mortes. Em São Paulo, houve a confirmação de 332.139 casos de dengue em 617 dos 645 municípios paulistas, com a confirmação de 287 mortes.
Para diminuição de casos e controle da doença, o Ministério tem enviado equipes de saúde para realizar ações de vigilância epidemiológica, controle vetorial e assistência.