Em entrevista ao Jornal O Globo, ele falou das ações tomadas no dia da invasão de Brasília, em 8 de janeiro.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, afirmou que os golpistas que destruíram os prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro do ano passado, tinham um plano para enforcá-lo em praça pública. Em entrevista ao Jornal O Globo, falando sobre as ações tomadas no dia dos ataques as sedes dos três poderes, Moraes afirmou que recebeu informações do plano para prendê-lo e realizar o enforcamento na praça dos três poderes.
O ministro afirmou ainda que no dia 8 de janeiro estava fora do país, na Europa com a família, mas que viu as imagens da invasão e ligou para o ministro da Justiça, Flávio Dino. Moraes disse num determinado momento também falou com Lula.
Ele explicou que debateu ainda com Dino a possibilidade de intervenção federal e GLO e que lembrou a Flávio Dino que na época em que Michel Temer foi presidente houve uma intervenção na área de segurança, e que essa acabou sendo a decisão do governo, mas que foi uma decisão do Executivo, ele apenas debateu possibilidades.
O ministro disse ainda que teve acesso a informações sobre planos para prendê-lo e executá-lo. A ação envolveria monitoramento da ABIN e a utilização de homens das forças especiais do Exército que ficam em Goiânia, a cerca de 180 km de Brasília.
Moraes criticou ainda a falta de ação da política militar e considerou importantes a prisão do secretário de segurança pública do DF, Anderson Torres, do comandante da PM e o afastamento do governador Ibaneis Rocha para evitar um efeito dominó em outros estados.
Alexandre de Moraes defendeu ainda a regulamentação das redes sociais, o que será um tema importante do TSE nas eleições municipais de 2024. Moraes disse que as redes falharam e foram instrumentalizadas para proliferar um discurso de ódio e antidemocrático. O ministro disse ainda que a apuração do 8 de janeiro já chegou a financiadores, divulgadores e instigadores e que é possível sim chegar aos organizadores, inclusive os autores intelectuais dos ataques.
Fonte: G1/Globo