O Museu do Seringal Vila Paraíso, localizado na zona rural de Manaus, vai fechar para visitação pública a partir do dia 16 de setembro. A suspensão das atividades voltadas ao público externo é por conta da severa estiagem que atingiu os cursos d’água da região, já que o acesso ao Museu do Seringal acontece exclusivamente por via fluvial.
Situado no igarapé São João, afluente do igarapé do Tarumã Mirim, o Museu do Seringal Vila Paraíso tem seu acesso comprometido, em virtude do nível muito baixo dos rios.
Atualmente, os visitantes estão realizando o desembarque em um porto provisório, tendo que percorrer aproximadamente um quilômetro para chegar ao museu, o que se constitui em uma caminhada muito mais longa do que de costume, levando cerca de 20 a 30 minutos.
De acordo com a diretora, os turistas que visitam o museu atualmente estão sendo obrigados a passar por uma trilha provisoriamente sinalizada, três pontes de madeira provisórias, subindo e descendo barrancos, além de ficarem expostos ao aparecimento de animais peçonhentos como aranhas, escorpiões e cobras.
A diretora ressalta ainda que os visitantes ficam expostos por estarem fora do perímetro de vigilância do espaço, e que, em caso de qualquer intercorrência com animal peçonhento, por exemplo, o transporte da vítima até um local onde possa ser realizado o socorro também fica prejudicado.
O fechamento provisório do museu tem duração indeterminada.
O museu
O Museu do Seringal Vila Paraíso, localizado no Igarapé São João, na área rural de Manaus, foi inaugurado no dia 16 de agosto de 2002. O espaço reproduz um seringal do final do século 19 e início do século 20, época do ciclo da borracha e período de grande ascensão econômica do Amazonas.
As instalações originalmente foram usadas como locações para as filmagens do filme “A Selva”, do diretor português Leonel Vieira, que adaptou o livro de mesmo nome do escritor português Ferreira Castro.
Como contrapartida do apoio dado pelo Governo do Estado do Amazonas à produção do filme, o cenário foi doado para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, que o transformou no Museu do Seringal Vila Paraíso.
FOTOS: Divulgação / Secretaria de Cultura e Economia Criativa