“Acho que 90% dos gastos farmacêuticos no Reino Unido, e tenho quase certeza de que é semelhante nos EUA, são para genéricos… então, você [o inventor original] pode muito bem manter sua participação de mercado, mas o preço vai baixar” diz Graham Cookson, diretor-executivo do Office of Health Economics, a mais antiga organização de pesquisa em economia da saúde do mundo, sediada em Londres, na Inglaterra.
Depois, há um último desafio para o descobridor de uma nova droga gigante e bem-sucedida: ao mesmo tempo que ela lhe dá destaque na multidão, ela o torna vulnerável se você é uma empresa de pequeno ou médio porte.
As gigantes farmacêuticas têm dinheiro de sobra e, se seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento não conseguiram descobrir os melhores medicamentos, existe uma solução simples: comprar a empresa que os tem.
Mas a Novo Nordisk tem uma última carta na manga: a maior parte de suas ações são propriedade de uma fundação dinamarquesa, o que a torna praticamente imune a uma Oferta Pública de Aquisição (OPA, quando um acionista, ou um grupo de acionistas, busca adquirir uma parcela ou a totalidade das ações de uma empresa listada na bolsa de valores).