O número de mortos no naufrágio de uma embarcação clandestina em frente à ilha de Cotijuba, em Belém, no Pará, cresceu para 18, sendo 10 mulheres, 5 homens e 3 crianças. Segundo a Secretaria de Segurança do Pará (Segup), 65 foram encontradas com vida. O incidente aconteceu na última quinta-feira (8).
A lancha, que estava cheia de passageiros – aproximadamente 80 segundo a Segup – saiu de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, com destino à capital paraense. O pescador Antônio Gomes, um dos sobreviventes, relatou os momentos de desespero. “As pessoas não se salvaram porque os coletes estavam se rasgando (…) Eu nasci de novo. Eu vi a morte”, disse.
O governo do Pará ainda não confirmou o número de pessoas desaparecidas. As buscas foram encerradas na sexta-feira (9), mas a previsão é de que neste sábado, uma equipe de mergulhadores vá até o local para verificar se existem mais vítimas dentro do barco.
Alguns dos corpos regatados já estão sendo velados na Ilha do Marajó e em Belém, já outros foram encaminhados para exames necroscópicos. Segundo testemunhas, o dono da lancha teria conseguiu escapar com vida, mas até o momento ele não foi encontrado.
De acordo com a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa), a embarcação não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e já tinha sido notificada três vezes, sendo a última em agosto deste ano. O caso é investigado pela Marinha e pela Polícia Civil.