Pacientes com sequelas da Covid-19 são acompanhados pelo programa ‘Melhor em Casa’
O programa atende 26 pacientes pós-Covid que necessitam de acompanhamento domiciliar
O eletricista Agenor Angioli Nazaré, de 60 anos, esteve internado no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo por 25 dias, em razão do agravamento da infecção pelo novo coronavírus. Ele foi identificado pela equipe do programa “Melhor em Casa”, coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que realiza a busca ativa de pacientes na rede estadual para desospitalização, e passou a receber o tratamento em casa.
Agenor é um dos 26 pacientes curados da Covid-19 que apresentam sequelas causadas pela doença e que recebem acompanhamento domiciliar feito por equipes multiprofissionais do programa. Com a fisioterapia respiratória, ele já identifica avanços para superar as dificuldades de respiração deixadas pela doença.
“Estou fazendo pela manhã e à tarde exercícios de fisioterapia e estou me sentindo bem. O programa é muito importante. A recuperação, como o médico falou, é lenta, mas estou sentindo que está fazendo efeito. O pior para mim já passou. Não faço extravagância. Tenho certeza que estou melhorando e chegando lá”, afirmou o autônomo.
Desospitalização – O programa atua na identificação de pacientes recuperados da fase aguda da Covid-19, fora do período de transmissão e clinicamente estáveis, e que ainda precisam de acompanhamento profissional para continuidade do tratamento domiciliar, conforme explica a coordenadora do “Melhor em Casa”, Semira Torres.
“Evitar que esses pacientes continuem hospitalizados e expostos a outras infecções, além da disponibilização de leitos para outros pacientes, tendo em vista que o serviço de atenção domiciliar permite ao paciente continuar o tratamento com uma equipe multidisciplinar, que faz uma análise conjunta de suas necessidades para proporcionar uma assistência integral”, afirmou a coordenadora.
Com a segunda onda da Covid-19, em janeiro deste ano, e o aumento de casos graves, cresceu a procura por atendimento domiciliar. O programa acompanha adultos e idosos com comorbidades, que estiveram internados em razão do agravo da doença, com visitas realizadas conforme a necessidade e o Plano Terapêutico de cada paciente após avaliação da equipe, segundo Semira Torres.
“Atendemos pacientes encaminhados pelos Hospitais e Prontos-Socorros 28 de Agosto, Platão Araújo, João Lúcio, Hospital Delphina Aziz, Hospital Universitário Getúlio Vargas, Hospital Fundação Adriano Jorge e outras unidades da rede de saúde, para continuidade do tratamento em domicílio devido sequelas em decorrência do agravamento da doença”, destacou.
O “Melhor em Casa” também atende solicitações encaminhadas via e-mail de outras unidades da rede de saúde e de cuidadores de pacientes.
Assistência – O programa oferece o serviço de fisioterapia respiratória e motora, adaptação do paciente a ventilação mecânica (monitorização e interpretação dos dados) e a oxigenoterapia, drenagem postural, higiene brônquica, caminhada e a orientação de assistentes sociais.
O atendimento médico domiciliar inclui a avaliação do paciente e a prescrição de medicamentos e outras terapias quando necessário; acompanhamento fonoaudiológico, nutricional e psicológico; cuidados de enfermagem na realização de curativos, trocas de dispositivos e ministração de medicação; além da prescrição e do fornecimento de materiais de saúde necessários ao tratamento do paciente.
O programa do Governo Federal, em parceria com o Governo do Estado, atualmente atende 400 pacientes.