Parlamentares da base falam em governabilidade, em sessão no Congresso


A posse do agora e novamente presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva reuniu parlamentares da base e os ministros escolhidos por ele para compor o governo. Antes da chegada de Lula ao Congresso Nacional, vários aliados do presidente chegaram ao plenário da Câmara, onde o termo de posse seria assinado pouco depois.

Nas conversas de parlamentares com a imprensa, uma das pautas citadas foi a governabilidade. O tom é de otimista entre aqueles que até ontem estavam na oposição e agora mudam para a situação.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), indicado como líder do governo no Congresso, pregou o diálogo com a oposição e não se mostrou preocupado com a nova composição da Câmara e do Senado, que traz, a partir de fevereiro, novos nomes da direita conservadora. “Com oposição democrática tem diálogo, conciliação, conversa. Com fascismo não terá tolerância. Nem nas ruas nem no Parlamento”, disse.

Em seguida, mostrou tranquilidade com a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o comando do Senado. Pacheco terá o apoio da base do governo na Casa para a eleição de fevereiro e, segundo Randolfe, 60 votos, dos 81 possíveis, estão garantidos. “Nós teremos 60 votos para reeleger Rodrigo Pacheco, e essa vai ser nossa base”.

Na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), que assumirá a liderança do governo na Casa, afirmou o compromisso do PT e dos partidos aliados com a reeleição de Arthur Lira (PP-AL). “Nós temos o compromisso de bancar a reeleição do Lira. Não é o governo, é o PT e a nossa base”.

Já o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o clima no Congresso já está mais favorável ao novo governo. Para ele, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que garantiu recursos para programas sociais e outras medidas emergenciais é uma prova dessa mudança.

“Já mudou o ambiente do Brasil. Acredito que essa mudança também acontecerá aqui no Congresso. Na prática já aconteceu no final do ano com a aprovação da PEC”, disse o ministro do novo governo. “O Congresso Nacional já mostrou o compromisso e a responsabilidade que tem com [resolver] os problemas do país e isso já ajuda a criar um bom ambiente de relação institucional. Nós vamos fazer a reabilitação do ambiente institucional no país”, acrescentou.



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