PF divulga balanço de combate ao garimpo ilegal e trabalho escravo no AM


A Polícia Federal, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou na última sexta-feira (26/4) a Operação Mineração Obscura, para investigar denúncias de atividade garimpeira ilegal na cidade de Maués, no sul do Amazonas, e resgatar trabalhadores em situação análoga à escravidão.

Após o deslocamento das equipes para o local, foi constatada nesta segunda-feira (29/4) a presença de mais de 70 garimpeiros trabalhando em condições degradantes e equiparadas à escravidão. O garimpo é realizado na modalidade de poço, onde os trabalhadores operam de forma subterrânea, desprovidos de qualquer equipamento de proteção individual.

Além disso, foi identificada a prática de servidão por dívida, evidenciando a exploração desumana dos trabalhadores.

De acordo com as investigações, tratava-se de um dos garimpos mais lucrativos de toda a América Latina, com uma produção diária superior a 6kg de ouro.

Essa ação conjunta visa não apenas coibir atividades ilegais, mas também proteger os direitos dos trabalhadores e preservar o meio ambiente. Os responsáveis pelo garimpo ilegal serão responsabilizados perante a lei, enquanto medidas serão tomadas para garantir o resgate e a assistência adequada aos trabalhadores encontrados em situação de vulnerabilidade.

Balanço da Operação (2/5):

• Contabilização das explosões/destruições realizadas:

Próximo das estradas de acesso ao Garimpo:
– Um poço
– ⁠Dois geradores

No Garimpo:
– Dois poços
– ⁠6 Geradores
– ⁠3 guinchos dos poços
– ⁠combustível próximos dos geradores
– ⁠3 motos
– ⁠3 quadriciclos
– ⁠uma ponte de madeira danificada
– ⁠22 Barracos

• Resgatados: ao todo foram resgatados 54 trabalhadores em situação análoga a de escravidão, dentre os quais, 42 pessoas foram levadas de helicóptero para a cidade de Itaituba/AM para os devidos cuidados de assistência social municipal.

• A Auditoria Fiscal do Trabalho fez a interdição dos poços subterrâneos por grave e iminente risco aos trabalhadores

Foto: Polícia Federal – AM



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