A Prefeitura de Manaus promoveu, nesta quarta-feira, 18/8, uma programação sobre o uso do Scratch Day em práticas pedagógicas que envolvem o Scratch nas escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O evento, que envolveu professores, alunos e coordenadores dos Telecentros da rede municipal, foi realizado pelo Canal Educacional Manaus, no YouTube e envolveu palestras e oficinas no primeiro dia, nos três turnos.
Na sexta-feira, 20/8, será o encerramento com oficinas com os educadores das unidades que utilizam o recurso tecnológico.
A principal proposta do Scratch Day é mobilizar e disseminar o uso da plataforma, assim como divulgar a linguagem de programação entre os diversos públicos e ambientes. No mês de maio, toda a comunidade tecnológica se reúne para comemorar o aniversário do Scratch. No evento, são compartilhados conhecimentos e criatividade através de várias programações com crianças e até adultos, que se reúnem para esse dia dedicado à cultura maker.
Na Semed, o Scratch Day é desenvolvido por meio da Gerência de Tecnologia Educacional (GTE) e da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM). O uso da plataforma é utilizado em 218 escolas municipais, que possuem Telecentros e mais dez Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que participam do Projeto do Clube de Linguagem e Programação e Robótica (Procurumim). As atividades pedagógicas envolvem mais de 10 mil alunos da educação infantil e do 1º ao 9º ano do ensino fundamental.
A formadora e uma das coordenadoras do Procurumim no GTE, Milene Mírian Araújo, destacou o Scratch Day na rede municipal de ensino como um aprendizado importante para os alunos com o uso do recurso tecnológico.
“Comemorar o dia do Scratch dentro das escolas municipais de Manaus é simplesmente fantástico, pois estamos popularizando a lógica de programação, estamos também oferecendo aos estudantes as mesmas oportunidades da escola privada, além de prepará-los para a indústria 4.0, deixando aptos para escolherem os cursos que desejarem na graduação”, contou.
Com o tema “O uso do Scratch na Educação Básica”, a palestrante do encontro foi a professora Andréa Pereira Mendonça, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), atuando na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Ensino Tecnológico (PPGET). Para ela, a temática tem sua relevância para os participantes do encontro.
“Esse tema contribui para uma reflexão sobre a aprendizagem em suas diferentes configurações: de forma autônoma pelo aluno, em pares de estudantes, em grupo, com o professor, em comunidades de aprendizagem, por exemplo. Também enfatizamos os diferentes papéis do docente, que não se restringem a ministrar aulas e a importância dos docentes em orientar e apoiar os estudantes na construção de sua autonomia na aprendizagem”, explicou.
Atividades
Um dos participantes da programação, o professor coordenador do Telecentro, Aguinaldo Araújo da Silva, da escola municipal Nova Vida, bairro Mauazinho, zona Leste, destacou sobre as atividades realizadas com os alunos de todas as turmas do 1º ao 5º ano, desde 2018.
“Na escola trabalhamos três projetos. Todos têm como ferramenta básica o Scratch. Temos o projeto Convivendo e Aprendendo com as Tecnologias na Educação, que trabalha a formação de monitores cuja ferramenta básica de estudo é o Scratch. Temos o projeto “Linguagem: da programação a produção Textual”, a programação de jogos no Scratch e em cima dos jogos produzidos. O outro é ‘Alfabetizando com Scratch’, com jogos construídos para auxiliar os professores no processo de alfabetização de alunos do 1º e 2º ano”, disse.
O coordenador do Telecentro, Márcio Robson de Freitas, da escola municipal Ana Cristina Aquino de Melo, no Tarumã, zona Oeste, elogiou a realização do evento sobre a temática, pois trabalha com 10 alunos do 1º ao 5º ano, que são multiplicadores dentro da unidade de ensino com outros colegas da escola.
“O Scratch Day é um momento de celebração onde podemos envolver toda a escola e visualizar os alunos em suas criações e compartilhando projetos criados. Aproveitamos para engajar professores e trocar experiências de programação. Também podemos ter contato com conhecimentos de outras escolas, e assim formarmos uma rede de aprendizagem criativa em nossa cidade”, concluiu.
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Texto – Paulo Rogério / Semed
Fotos – Cleomir Santos / Semed