A Rússia realizou o maior ataque com drones já registrado contra a Ucrânia, atingindo infraestrutura crítica e residências em várias regiões. O ataque deixou cerca de 70% da região de Ternopil sem energia elétrica e causou danos significativos na área de Kiev, embora sem registro de vítimas. Dos 188 drones utilizados, a Ucrânia abateu 76, mas perdeu o rastro de 96, atribuindo a situação à intensa guerra eletrônica russa.
O ataque reflete a intensificação da ofensiva russa, que também avançou em frentes no leste do país, alcançando ganhos territoriais significativos. A Força Aérea ucraniana destacou o uso massivo de drones “suicidas” e “chamarizes” pela Rússia, estratégia que visa sobrecarregar as defesas aéreas do país. Cinco drones também teriam sido direcionados à Bielorrússia, destacando a complexidade do conflito.
Em Ternopil, cidade localizada no oeste da Ucrânia, a interrupção da energia afetou uma população que já enfrenta dificuldades desde o início da invasão russa em 2022. O governador Vyacheslav Nehoda relatou danos severos à rede elétrica local, que devem impactar o fornecimento por um longo período. A proximidade com a Polônia, membro da OTAN, traz uma dimensão geopolítica crítica aos ataques.
Em Kiev, unidades de defesa aérea derrubaram mais de 10 drones, mas detritos danificaram edifícios residenciais e veículos nas áreas ao redor. O alerta de ataque aéreo se estendeu por várias horas em boa parte do país, reforçando o clima de tensão. As ações russas evidenciam a escalada do conflito e os desafios para a infraestrutura e segurança ucraniana.