Angela e Anne atuam no Centro de Atenção Integral à Melhor Idade (Caimi) Ada Viana
A oportunidade de celebrar mais um Dia das Mães, neste domingo (08/05), é destacada como uma ‘vitória e superação’ pelas servidoras Angela e Anne Rosas, mãe e filha, que atuam no Centro de Atenção Integral à Melhor Idade (Caimi) Ada Viana, unidade da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). As duas dividem o mesmo local de trabalho desde 2009, após concurso realizado em 2005.
Mãe de quatro filhas, Angela, que iniciou na função de técnica de enfermagem, já era servidora municipal de saúde e levava a filha para a unidade onde atuava. Anne decidiu seguir o mesmo caminho, mas em outra atividade, como auxiliar de saúde bucal e anos depois passaram juntas em um mesmo concurso público.
“Comecei a trabalhar tarde, fiz um curso de enfermagem já com uma certa idade. Terminei de fazer o curso, já teve o concurso da Prefeitura, aí eu fiz e passei, comecei a trabalhar no atendimento da saúde pública e me identifiquei muito com a sala de vacinação, o tema de vacinação que eu amo muito. Depois, com o decorrer do tempo, teve o concurso da Susam. E a minha filha também foi nesse mesmo processo”, disse a técnica de enfermagem.
Elas trabalham juntas desde 2009 na mesma unidade, pois Anne assumiu o cargo anos depois, após também se tornar mãe. Para a auxiliar de saúde bucal, sua mãe é um grande exemplo e espera alcançar o mesmo nível dela.
“A princípio ela era só dona de casa. Então, foi muito bom vê-la vim trabalhar e ela gosta muito, muito, muito mesmo. Eu até falo para ela fazer uma faculdade, mas ela diz não eu gosto do que eu faço. Eu acho ela um grande exemplo, ainda mais para uma mulher com quatro filhas, mas ela conseguiu, ela é bem vista, as pessoas vêm quão profissional ela é. Um dia eu chego lá”, contou Anne.
Por conta da pandemia, apesar de atuarem em áreas diferentes, Angela e Anne passaram a ficar mais próximas no trabalho, na área de marcação de consultas. Porém, esse distanciamento já foi maior durante o pico de casos da Covid-19. Anne teve de parar, mas a mãe continuou na ativa.
“Eu ficava muito preocupada porque, por exemplo, o meu setor, odontologia, foi um dos primeiros que pararou porque não tinha como a gente trabalhar. A minha mãe não e eu morrendo de medo. Ela podia pedir afastamento, mas ela não pedia”, disse Anne.
Por conta da superação desta fase, Anne afirma ser um presente poder comemorar este Dia das Mães. “Eu acho que esse ano o Dia das Mães é superação. E que a gente pode ser muito mais do que podia”, afirmou.
Já Angela se sente vitoriosa pela passagem de um grande desafio na pandemia e por isso o sentimento é de gratidão por estar com sua família e por continuar cuidando dos idosos.
“Sim, hoje em dia depois de tudo que a gente passou, só agradecer de estarmos vivos porque tanto na parte de odontologia é um risco muito grande, na questão respiratória que vai mexer na saúde bucal então é difícil, e hoje passar por tudo isso é uma vitória. Poderíamos estar chorando hoje em dia, mas nós estamos vivos e juntos. Então é só agradecer”.
Exclusividade – E nessa relação de mãe e filha na saúde, Anne continua desfrutando do privilégio de sempre ser vacinada pela própria mãe. “O pessoal acha engraçado quando tem a questão de vacina, bagunçam comigo dizendo que a Anne não vai tomar vacina com ninguém, ela só toma com a mãe dela. Eu digo: é, eu só tomo vacina com a minha mãe”, salientou.
Com informações da ACS