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Por Agência Amazonas
Doença se dá pela dificuldade de engolir os alimentos o que resulta em graves problemas à saúde
A Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), realizou, nesta segunda-feira (20/03), uma ação de conscientização de funcionários, pacientes e acompanhantes em alusão ao dia nacional de atenção à disfagia, celebrado em 20 de março. A disfagia é a dificuldade de deglutição – engolir – os alimentos, o que pode trazer graves consequências à saúde, uma vez que os desvios de comida ou saliva podem obstruir parcial ou completamente as vias respiratórias.
As principais complicações da doença impactam diretamente no estado nutricional, devido à redução do consumo de alimentos líquidos e sólidos, pois podem facilmente seguir para o pulmão. O diretor presidente da FHAJ, médico Ayllon Menezes de Oliveira, destaca que a unidade mantém uma equipe multidisciplinar para prestar esse tipo de atendimento.
“Essa ação promovida hoje colabora para que a sociedade possa identificar a doença e buscar atendimento médico. A Fundação Hospital Adriano Jorge possui, em seus quadros, médicos e fonoaudiólogos que agem para a reabilitação de pacientes internados que desenvolveram, por algum motivo, a disfagia. É um trabalho importante uma vez que tem impacto direto na alimentação e, por consequência, na melhora do quadro clínico. A FHAJ, com o apoio da Secretaria de Saúde, está trabalhando para aprimorar os serviços de saúde oferecidos à população”, disse.
A Policlínica Codajás, também realizou ação em alusão a data. A fonoaudióloga da clínica, Fabiane Marinho, explica que a disfagia infantil pode surgir durante as fases, pré-oral, oral, faríngea e esofágica. “Algumas crianças, quando encaminhadas, já vem com diagnóstico de disfagia em decorrência de outras condições associadas, que podem ser de origem neurológica ou mecânica”, destaca.
Nas condições neurológicas, Fabiane explica que são casos de encefalopatias crônicas, paralisias cerebrais, síndromes, tumores cerebrais, doenças neuromusculares degenerativas. Já as de casos mecânicos são as com defeitos congênitos craniofaciais, sendo mais comuns as fissuras palatinas, anomalias congênitas do intestino e o mais comum, Refluxo Gastroesofágico.
Contudo, os pais ou responsáveis precisam sempre estarem atentos a alguns sinais, para identificar a disfagia nas crianças, declara a fonoaudióloga.
Os principais indícios da disfagia são: engasgamento ou tosse durante as refeições, dor ao engolir ou a sensação de que o alimento fica parado na garganta. A falta do tratamento pode causar desidratação e desnutrição. O paciente com sintomas pode procurar os postos de saúde (UBS’s) e o atendimento na FHAJ se dá após encaminhamento médico via Sistema Nacional de Regulação (Sisreg).
“A disfagia nada mais é que a dificuldade desse paciente engolir o alimento, seja por uma questão neurológica, por câncer ou por formação de massa no esôfago. E o profissional fonoaudiólogo vai reabilitar a pessoa para comer com segurança. A ideia é reabilitar esse paciente para que possa receber alta o mais rápido possível”, afirma a fonoaudióloga da FHAJ, Luciane Ribeiro.
Os profissionais explicam ainda, que é importante que ao perceber alguns desses sinais a família procure atendimento médico a fim de iniciar o processo de investigação.
O Dia Nacional de Atenção à Disfagia foi instituído em 2010 depois de publicação de resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia. A data tem o intuito de alertar a população sobre o seu risco e também sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces.