Show de Ludmilla no Coachella será momento representativo e histórico para artistas afrolatinos


Ao se apresentar no Coachella, Ludmilla marcará um momento importante para os artistas afrolatinos. Afinal, a cantora será a primeira afrolatina a cantar no palco do festival estadunidense. Em entrevista ao POPline, Lud revelou que entende o peso dessa oportunidade e, por isso, tem se dedicado ainda mais para o momento representativo.

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Ludmilla
(Foto: Instagram/@ludmilla)

Durante o papo, Ludmilla revelou que já sonhava com se apresentar no festival. No entanto, a cantora não imaginava que isso aconteceria agora, ainda no início de sua carreira internacional. “A galera do Coachella entrou em contato com a gente e falou que me queria no palco principal do Coachella. E aí eu falei: ‘Cara, tem certeza?’. Porque, até então, eu não tinha feito nada lá para fora, música em outro idioma e tal”, relembrou.

“Eles disseram que estavam assistindo a minha trajetória, que viram os mega shows que eu estava fazendo por aqui e que queriam muito a minha arte no palco principal do Coachella. E aí eu fiquei louca e já comecei a pensar em como seria o show”, contou.

Em seguida, a cantora explicou que entende o que seu show no Coachella representará para os artistas negros não apenas do Brasil, mas também como de outros países da América Latina, que nunca tiveram espaço no festival. “É uma responsa muito grande. Eu me sinto muito honrada por estar recebendo essa dádiva de estar lá abrindo os caminhos para mais pessoas como eu”, disse ela.

Com foco total na produção do show, Ludmilla tem se dedicado ainda mais por saber como a indústria e o público lidam com o trabalho de artistas negros. “Vai ser um momento muito
histórico e eu vou dar tudo de mim em cima daquele palco porque não podemos decepcionar, pontuou.

“A gente sempre tem que fazer três vezes mais para ser visto. Temos que nos dedicar 50 vezes mais para se destacar e assim que a gente vai […] eu sempre paro para me dedicar ao que eu estou fazendo”, desabafou.

Mesmo com Ludmilla, Coachella ainda é limitado para mulheres negras

Ludmilla no Coachella
Ludmilla será a única brasileira a se apresentar nesta edição do festival.(Foto: Instagram/@ludmilla)

Por mais diverso que seja, o Coachella ainda tem muito a evoluir, especialmente na pauta racial. Afinal, a primeira mulher negra a ser headliner de um dos dias do festival foi a Beyoncé, com sua apresentação em 2018.

De lá para cá, nenhuma outra artista negra teve a mesma possibilidade no festival. Enquanto isso, tivemos The Weeknd, Frank Ocean e Childish Gambino representando os homens. Agora, em 2024, será a vez de Doja Cat assumir a posição de headliner, sendo a segunda mulher negra em tal espaço.

Por isso, a presença de Ludmilla no espaço torna-se ainda mais importante. Afinal, a cantora entra em uma seleta lista de artistas latinos que já passaram pelo line-up e, ainda, representa artistas negras que continuam lutando por seu espaço no evento.

“A Ludmilla é a primeira Afro Latina subindo no palco principal do Coachella. É uma expectativa e uma responsabilidade muito grande. E também é um ato político nesse sentido de ocupar esse espaço como uma mulher preta, uma mulher latina, que as pessoas já tendem a esperar um pouco menos e ter um certo preconceito”, comentou Lucas Pinho, diretor artístico da Ludmilla.

Toda essa questão de representatividade e resgate de um espaço equitativo para os artistas afrolatinos pode se tornar parte da apresentação neste fim de semana. Afinal, no Rock in Rio 2022Ludmilla utilizou seu show como espaço para homenagear outras artistas negras em um show que também corou o funk.

Por isso, os fãs esperam algo parecido para a apresentação no Coachella. Afinal, recentemente, Erika Hilton, deputada federal, esteve presente em um estúdio e marcou a cantora em uma publicação. É possível, ainda, que a cantora tenha convocado outras representantes negras brasileiras para fazerem parte do show.





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