A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky se reúnem hoje (8) em Kiev, a capital ucraniana, para debater as sanções à Rússia bem como os ataques do Exército de Moscou.
Depois do encontro, a líder da Comissão Europeia e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, seguem para Varsóvia, na Polônia, onde devem participar do evento Stand up for Ukraine, que será realizado amanhã (9) e se destina a angariar fundos para os refugiados ucranianos.
Há noticias de novos ataques e explosões em Odessa. O presidente ucraniano denunciou também novo massacre, mais violento do que o de Bucha, na cidade de Borodyanka.
Donetsk
Nas últimas 24 horas, a Rússia lançou sete ataques nas regiões de Donetsk e Lugansk, no Leste da Ucrânia, que foram repelidos, informou o Estado Maior do Exército ucraniano.
Segundo o último relatório de guerra, as forças da Ucrânia destruíram quatro tanques, dois sistemas de artilharia, ez unidades blindadas e 11 veículos russos.
O Estado Maior disse que os esforços da Rússia estão concentrados no Leste da Ucrânia, especialmente na região do porto estratégico de Mariupol, no Mar de Azov, e numa ofensiva na cidade de Izyum, junto ao Rio Donetsk, na região de Kharkiv.
As tropas russas continuam a bloquear a cidade de Kharkiv e a colocar minas para impedir “o avanço das tropas ucranianas”, afirma o relatório.
O governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, anunciou a morte de pelo menos 14 pessoas nas áreas residenciais de Saltivka e Oleksiivka, bem como em edifício da empresa Tractor Plant, que fabrica máquinas agrícolas.
De acordo com o Estado Maior do Exército ucraniano, em Izyum, representantes da autoproclamada República Popular de Donetsk estão desempenhando as funções de “polícia” local e fazendo “verificações ilegais de documentos e registros de pessoas”.
Nessa quinta-feira (7), o porta-voz da República Popular de Donetsk, Eduard Basurin, disse que os principais combates no centro de Mariupol haviam terminado e que “pouco a pouco” estavam expulsando os ucranianos para a zona industrial de Azovstal, nos arredores da cidade.
Em resposta, Oleksiy Arestovych, assessor do chefe de gabinete do presidente, disse disse que a Rússia havia retomado a ofensiva em Mariupol, mas que as tropas ucranianas estavam resistindo.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que já causou número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A guerra matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo dados recentes da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.