Este não será um verão habitual devido ao fenômeno El Niño, que já havia afetado todo o país com recordes de alta na temperatura em 2023
Sob o cenário de um ano de recordes de calor no Brasil, o verão começa nesta sexta-feira (22).
Até o outono, com início em 20 de março, o país terá três meses de dias mais quentes e abafados, e, em algumas regiões, pancadas de chuva mais recorrentes à tarde e à noite.
Porém, segundo o Climatempo, este não será um verão habitual devido ao fenômeno El Niño, que já havia afetado todo o país com altas históricas na temperatura em 2023.
Haverá diminuição nas chuvas nas regiões Norte, o que atrasará a recuperação do nível de água dos rios, e Nordeste, e o aumento no Sul, além da alteração da distribuição de chuvas no Centro-Oeste e no Sudeste.
Ano de recordes
O Brasil teve recordes na temperatura média por cinco meses seguidos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com destaque para setembro.
O nono mês do ano teve a maior diferença entre a temperatura registrada e a média histórica desde 1961.
As ondas de calor extremo que atingiram o país foram causadas pelo El Niño, segundo o Inmet, além de outros fatores como o aumento da temperatura global da superfície da Terra pelo aumento de emissões de gases do efeito estufa.
O fenômeno atingiu todo o planeta: segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas.
☀️ #Calor: Temperatura média atinge recorde no Brasil pelo quinto mês seguido❗
???? A tabela mostra que as as temperaturas ficaram acima da média histórica em julho, agosto, setembro, outubro e novembro deste ano.
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— INMET (@inmet_) December 7, 2023
Mais calor em 2024?
A quem se incomodou com o calor extremo no Brasil nos últimos meses, o ano de 2024 não deve dar trégua.
Isso ocorre também devido ao El Niño, com clima mais seco até abril e chuvas abaixo da média no Norte e no Nordeste. Além disso, o fenômeno deverá agravar o calor no país.
“A gente vai ter temperaturas acima da média em boa parte do Brasil”, disse o meteorologista do Climatempo Guilherme Borges em entrevista à CNN.
Porém, como as previsões para ondas de calor ocorrem com um prazo curto, de antecedência de uma a duas semanas, é difícil antever com clareza quais serão os momentos de calor mais agudo nos próximos meses.
Fonte: CNN