A menos de um mês para as eleições de 2022, o candidato a vice-governador de Amazonino Mendes (Cidadania), o ex deputado federal Darcy Humberto Michiles (PSDB), é investigado, pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por suspeita de improbidade administrativa.
As investigações de supostas irregularidades no nome do candidato a vive, correm há mais de três anos, baseada em possíveis irregularidades na locação de um imóvel no Centro de Manaus, sem licitação, no valor de R$ 915 mil, pelo período de 12 meses. Nesse período, Michiles respondia pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). O prédio foi utilizado como sede da Divisão Regional de Educação I. O MP-AM não informou em que fase se encontra o inquérito civil atualmente.
O inquérito que investiga as supostas irregularidades, foi publicado no Diário Oficial do MP-AM em 11 de dezembro de 2018, assinado pelo promotor de Justiça Ronaldo Andrade, da 78ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção do Patrimônio Público. A publicação partiu da portaria nº 2018/0000129635. O prazo regimental para a tramitação do inquérito é de um ano, prorrogável por igual período, ou, pelo período que se fizer necessário.
No documento, um resumo que instaura o inquérito civil, o promotor inclui entre as considerações, “indícios de irregularidades no contrato n. 020/2014-Semed, celebrado para locação de prédio pertencente a Antônio Ordival da Silva, pela Secretaria”. O inquérito é derivado da Notícia de Fato n. 032.2018.000012.
O imóvel está localizado na rua Leonardo Malcher, no Centro, área considerada turística. A contratação sem licitação se deu através do processo n.º 2013/4114/ 4147/05603, da Semed, em 2014. Em 2015, o contrato foi aditivado, conforme publicação de maio do mesmo ano, no Diário Oficial da Prefeitura de Manaus. À época, a secretária era Kátia Schweickardt. Em ambos os períodos, o prefeito de Manaus era Arthur Virgílio Neto.
Outros investigados
Além do candidato a vice, Michiles e de Antônio Ordival, o inquérito do MP-AM também investiga André Souza da Silva, ex-diretor do Departamento Administrativo e Financeiro da Semed, Anderson Bruno Viana de Souza e Hudson Breno N. Cardoso, servidores da Pasta, além de membros da Coavil/ Semef (Secretaria Municipal de Finanças).
Leia os documentos do inquérito cívil (MP-AM).
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