Vila Olímpica completa 31 anos com histórias de sucesso no esporte e na vida de atletas e da população

Vila Olímpica completa 31 anos com histórias de sucesso no esporte e na vida de atletas e da população

FOTOS: Mauro Neto/Faar, Arquivo Pessoal e Acervo Faar (fotos anteriores à pandemia de Covid-19)
FOTOS: Mauro Neto/Faar, Arquivo Pessoal e Acervo Faar (fotos anteriores à pandemia de Covid-19)

Palco de grandes eventos esportivos, local de grandes recordes que perduram até os dias atuais, a Vila Olímpica de Manaus chega aos 31 anos de existência nesta sexta-feira (26/03). Diante de todos esses anos, várias são as histórias de sucesso no esporte e na vida construídas dentro do espaço. Administrado pela Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), o complexo é um símbolo do desporto estadual e benquisto pela população amazonense.

Para a inauguração, em 26 de março de 1990, o local recebeu o 1º Meeting Internacional de Atletismo de Manaus, que teve a participação de 143 atletas de 21 países, vários deles recordistas e campeões mundiais e olímpicos. De acordo com o doutor Roberto Gesta de Melo, superintendente de Desporto do Estado naquela época, a Vila Olímpica nasceu sendo referência no Brasil e no mundo.

“Naquela época, a nossa Vila foi adotada como único Centro de Treinamento referendado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no nosso país, e pela Federação Internacional de Atletismo, foi o primeiro Centro Internacional de Atletismo. Aqui recebemos os maiores e mais importantes treinadores e atletas do mundo inteiro. Realizamos competições memoráveis de atletismo. Foram três Sul-Americanos de Adulto de Atletismo e um de menores, uma Copa América que foi eliminatória para a Copa do Mundo de Atletismo, um Ibero-americano, quatro edições do Meeting Internacional e tantos outros”, explicou.

Ao parabenizar a Vila Olímpica pela contribuição com o esporte local, Gesta lembra de nomes importantes do atletismo. “Manaus tornou-se uma referência com a Vila Olímpica, e tivemos grandes nomes e recordes aqui. Por exemplo, o recorde mais antigo brasileiro, no salto em altura feminino, que já dura mais de 30 anos, é da atleta amazonense Orlane Maria dos Santos. Outro recorde brasileiro alcançado aqui é o dos 100 metros com barreira conquistado por Maurren Maggi, uma prova que poucos sabem que ela disputou no passado. É com esses fatos que aproveito a oportunidade para prestar a minha homenagem a este espaço tão especial para o esporte”, completou.

Da Vila para a vida – Entre outras histórias de sucesso dentro da Vila Olímpica, está da ex-nadadora e atual presidente da Federação Amazonense de Desportos Aquáticos (Fada), Cláudia Nobre, que foi da seleção amazonense de natação, campeã da Travessia Almirante Tamandaré, campeã brasileira das Escolas Técnicas e recordista amazonense. Ela lembra que o espaço já revelou muitos atletas e que foi lá, durante as idas e vindas aos treinos de natação, que conheceu o marido, que era da modalidade de polo aquático.

“A Vila Olímpica é um lugar lindo, e eu falo com muito carinho. Como nadadora, treinei na Vila e presenciei campeonatos brasileiros, Norte-Nordeste de natação e polo aquático e até mesmo Meeting das Fronteiras. Arquibancadas lotadas em competições lindas, com grandes recordes de nadadores de ponta do nosso estado. Aqui também conheci meu marido, Gilson Lisboa, com quem tenho três filhos, Neto, Igor e Isabelle, que também foi nadadora e revelada na Vila Olímpica com a ajuda do governo”, contou.

Isabelle Nobre tem 25 anos, já foi campeã brasileira e a primeira mulher amazonense a concluir a prova dos 100 metros em menos de um minuto. Aposentada das competições, ela conta com carinho as recordações que a Vila lhe deixou. “Tenho muitas lembranças boas na Vila Olímpica. As competições todas eram lá, e eu comecei a competir desde cedo, ainda na minha infância. Meus melhores resultados foram aos 14 anos, eu treinava e competia no parque aquático, gosto muito daquela piscina. Já bati recordes e consegui índices importantes lá”.

O presidente da Federação Amazonense de Voleibol (FAV), Tadeu Picanço, enfatizou a importância do complexo esportivo para a modalidade nessas três décadas de existência e acredita que muito ainda poderá ser realizado no espaço.

“O voleibol muito tem a agradecer e comemorar esses 31 anos de existência. Foram horas, dias, meses de treinamentos, que resultaram em conquistas expressivas no cenário nacional. Entramos na elite daqueles estados brasileiros que podiam dizer que tinham um centro de excelência para o desenvolvimento científico, técnico e estrutural do esporte. É um local do esporte profissional, do alto rendimento, e eu desejo que tenhamos muitas descobertas nas iniciações esportivas, no aperfeiçoamento físico, técnico e tático no esporte local”.

Futuro – Mesmo diante da pandemia que o mundo todo enfrenta, a Vila tem dado a sua contribuição para o restabelecimento da saúde da população, seja com lives por meio do programa “Mexa-se Em Casa”, que ministra aulas de atividades físicas para as pessoas que estão em isolamento social, ou mesmo com o programa “RespirAR”, que tem realizado atendimento de fisioterapia em pacientes pós-Covid na recuperação pulmonar e motora.

O diretor-presidente da Faar, Jorge Elias Costa, explicou que a população terá ainda muitos serviços dentro do espaço.

“Primeiro eu quero dar meus parabéns à Vila e a todos que contribuíram para o esporte durante todos esses anos. A Vila Olímpica é um cartão-postal e, além desses projetos importantes que atendem a comunidade, nós colocaremos em prática tantos outros para beneficiar as pessoas do nosso estado. Mas nós não podemos esquecer que este é o momento do esporte consciente, de olhar para a saúde de todos, e tenho certeza, sobretudo pelo que a Vila já representa na vida das pessoas, que conseguiremos fazer ainda mais pelo desporto e pelo alto rendimento”, finalizou.

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