O jovem supremacista branco acusado de realizar um massacre racista em maio, que resultou na morte de 10 pessoas negras em um supermercado em Búfalo, ao norte de Nova York, se declarou culpado nesta segunda-feira (28) perante a justiça estadual.
Payton Gendron, de 19 anos, admitiu uma acusação de terrorismo doméstico motivado pelo ódio no episódio, que foi transmitido ao vivo.
O promotor do distrito do condado de Erie, John Flynn, informou que Gendron se declarou culpado de todas as acusações, incluindo o homicídio em primeiro grau de 10 pessoas e três tentativas de homicídio.
Após essa etapa judicial, Gendron, que tinha 18 anos no dia do atentado, deve pegar “prisão perpétua sem possibilidade de revisão quando for anunciada sua condenação em 15 de fevereiro de 2023”, disse o promotor em um comunicado.
No entanto, o adolescente ainda enfrentará acusações federais por crimes de ódio, o que pode levar à pena de morte.
Crime transmitido ao vivo
Gendron planejou por meses o ataque ao supermercado Tops Friendly, escolhido porque a população do bairro era majoritariamente negra, lembrou o promotor em uma coletiva de imprensa.
Ele dirigiu de sua casa, na pequena cidade de Conklin, a mais de 300 km de distância, com a intenção de matar o maior número possível de negros, de acordo com a acusação.
Armado com um fuzil AR-15, Gendron atirou contra quatro pessoas no estacionamento do mercado, das quais três morreram. Em seguida, entrou no estabelecimento e matou, entre outros, o vigia e um policial aposentado, que se defendeu disparando vários tiros antes de morrer, segundo a polícia.
No momento do ataque, Gendron usava um capacete com uma câmera e transmitiu tudo ao vivo pela plataforma Twitch.
Com informações da AFP**