Amazonenses trocam experiências de leituras online em casa

Manaus – Após o primeiro caso de coronavírus ser confirmado em Manaus, diversas instituições e unidades de ensino suspenderam as atividades e anteciparam o recesso escolar, como método de prevenção e combate ao surto. Pensando nisso, as intuições passaram a divulgar atividades que incentivem à leitura e o estudo para as pessoas que estarão em isolamento.

E uma ótima opção para quem quer ter acesso a bons conteúdos literários sem quebrar a quarentena é buscar grupos de leitores que partilhem conhecimentos de forma online. Como o clube de leitura “Caboquinhas que Leem”, formado por leitoras amazonenses que incentivam a atividade entre mulheres na capital. 

O grupo foi criado em 2016 por leitoras que tinham e têm o hábito de interagir em postagens de autores nacional, por meio do Facebook. Desde então, foi criado o grupo no WhatsApp, onde as participantes partilham e indicam livros. Segundo a coordenadora do grupo Ivany Souza, o contato entre as leitoras é diário. E o meio virtual, é onde elas buscam transferir conhecimento umas às outras.

“Nossos encontros já são todos virtuais, além do WhatsApp temos grupos no Facebook e Instagram. Devido o surto de coronavírus, suspendemos as reuniões presenciais, mas continuamos nos encontrando e conversando online sobre expectativas e os conhecimentos que os livros trouxeram a todas”, contou Ivany.

A coordenadora ressaltou que o grupo é voltado diretamente para mulheres a partir dos 18 anos, moradoras de Manaus, e que partilhem do mesmo amor: ler!

“Nós falamos sobre todos os gêneros literários, mas o gênero predominante é romance. A intenção do clube é incentivar às pessoas a leem e mostrar para os outros estados que o Amazonas também tem essa prática ativa”, explicou a coordenadora.

Em tempos com este, os internautas acabam gastando boa parte do tempo espalhando notícias falsas ou até se desesperando com a situação. As redes sociais trazem distração, mas não podem ser o único meio de entretenimento. O acadêmico Jorge Alberto acredita ser necessário dar uma pausa nas redes sociais e buscar distrações em outras atividades.

“Com as redes sociais, eu costumo me informar muito sobre a pandemia, mas também é necessário ficar com a mente descarregada desse assunto. Os livros me ajudam nesse quesito, variar o tipo de conhecimento, conhecer histórias, descobrir autores, biografias e estudos de outras áreas, tudo que me faça ficar distraído e relaxado. Não é só a saúde física que está em jogo, a saúde mental também é fundamental”, ressaltou o acadêmico.

E apesar de muitas pessoas estarem trabalhando home office (em casa) e optando por se colocar de quarentena como forma de prevenção contra o contágio, algumas não deixam de lado o hábito de ler só por estarem fora da rotina, é o caso do design Davi Bennier, que, com o período de quarentena, decidiu ampliar suas leituras. 

“Era um hábito que eu sempre tive, de ler e até participar de curso online, mas eu fazia à noite, quando tinha disponibilidade. Agora, que meu trabalho passou a ser home office, eu acabo tendo mais tempo para organizar minhas leituras”.

Com a disponibilidade de horário, Davi afirmou ainda que tem conseguido ler mais livros do que quando trabalhava fora de casa.

“Eu consigo até mesmo me aprofundar em livros da minha área de atuação. Então, além de não perder o costume, eu consigo ter mais conhecimento do meu trabalho. Atualmente, eu estou lendo sobre design de jogos e sowfters, e o isolamento tem sido bom, pois eu tenho conseguido intercalar as duas leituras durante a minha rotina”, ressalta.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) orientou e incentivou às famílias a realizarem leituras diárias e exercícios para fortalecer o vínculo escolar das crianças e preencher o tempo livre provocado pela pandemia na cidade.  

Entre as diversas atividades de incentivo ao estudo domiciliar, a secretaria propõe a realização de palavras cruzadas, que auxiliam no desenvolvimento da ortografia e escrita, além da confecção de desenhos e pinturas como forma de recreação, assim como jogos de tabuleiros, dominós e outros jogos que estimulem cálculos matemáticos de maneira mais leve. 

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