Apenados do programa ‘Trabalhando a Liberdade’ iniciam manutenção de parques e praças em Manaus

Apenados do programa ‘Trabalhando a Liberdade’ iniciam manutenção de parques e praças em Manaus

FOTOS: Bruno Zanardo/Secom
FOTOS: Bruno Zanardo/Secom

Na manhã desta quarta-feira (09/12), apenados do sistema prisional do Estado iniciaram os trabalhos de manutenção em parques e praças públicas na capital amazonense. A iniciativa faz parte do projeto “Trabalhando a Liberdade”, desenvolvido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

A parceria entre as pastas viabilizará serviços de limpeza e conservação do Largo de São Sebastião, Parque Jefferson Péres, Praça Heliodoro Balbi e Praça Antonio Bittencourt, no Centro; e Parque Rio Negro, no São Raimundo.  Ao todo, 36 apenados do regime semiaberto foram selecionados para trabalhar nas localidades, em expedientes diários de 8 horas, que ao final serão convertidos na redução da pena.

“No ano passado, a gente realizou um trabalho de manutenção no Largo de São Sebastião e a partir daí surgiu essa proposta, a partir de orientação do governador, de realizar a manutenção em outras praças como a gente está vendo agora. É um trabalho importante para a gente porque agrega essa mão de obra e ainda presta esse serviço à sociedade, também dando oportunidade aos apenados”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz.

Economia – De acordo com o secretário titular da Seap, coronel Vinicius Almeida, a manutenção dos espaços públicos por meio do projeto gera para o Estado uma economia de 50% quando comparada aos gastos com a contratação de uma empresa terceirizada para a realização do serviço. Ele destaca ainda que os apenados passaram por qualificação para receberem a oportunidade de trabalho, que será remunerado no valor de um salário mínimo, com verba proveniente do Fundo Penitenciário do Amazonas.

“Essas pessoas foram selecionadas, foram qualificadas e aí passaram a trabalhar aqui. Como funciona isso? Através do Fundo Penitenciário do Amazonas. No início do governo Wilson Lima o fundo existia, mas não era ativado, existia apenas no mundo jurídico, então nós ativamos na Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), e isso permite que, por exemplo, a Secretaria de Cultura faça um repasse orçamentário para a Seap e, através do fundo, a gente possa executar o pagamento, a remuneração do interno”, destacou Almeida.

Oportunidade – Na avaliação do secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, a iniciativa é importante por retirar das ruas pessoas que estavam marginalizadas, trazendo-as de volta para o convívio social de maneira digna e favorecendo toda a sociedade.

“É uma oportunidade que está sendo dada para essas pessoas que já estão aqui do lado de fora, não estão mais trancafiadas no sistema prisional, porém não tinham a oportunidade que deveria ter sido dada pela sociedade. O Governo está dando essa oportunidade”, avalia Bonates.

A apenada Wayllajohna Ferrieli foi uma das que abraçaram a oportunidade e diz acreditar no poder da mudança por meio do projeto. “É uma oportunidade de ser bem vista pela sociedade. A gente, como ex-presidiária, querendo ou não, nós somos muito discriminados. Eu tenho certeza que todas essas pessoas que estão aqui trabalhando realmente querem mostrar que são pessoas diferentes, que realmente podem mudar”, diz.

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