Após Covid, levantador de toadas David Assayag diz que perdeu 27 kg e quase ficou sem voz: ‘Sou um milagre’

Após Covid, levantador de toadas David Assayag diz que perdeu 27 kg e quase ficou sem voz: 'Sou um milagre'
David Assayag publicou foto em rede social em homenagem ao cantor Zezinho Corrêa. — Foto: Arquivo Pessoal
Irmão de David Assayag faleceu em janeiro, vítima da Covid-19. — Foto: Arquivo Pessoal

Quase três semanas após receber alta hospitalar, o levantador de toadas do boi Garantido, David Assayag, ainda se recupera em casa da Covid-19. Ele chegou a ficar internado em UTI, por 15 dias, e contou que perdeu 27 Kg e quase ficou sem a voz por conta de complicações da doença.

Nesta terça (9), David Assayag conversou com o G1 sobre sua recuperação contra a doença. Ele acredita que foi infectado durante a realização de uma live no Teatro Amazonas, no dia 28 de dezembro do ano passado. Os sintomas surgiram em 1º de janeiro, após a posse do prefeito de Parintins, Bi Garcia, evento que ele participou.

Até esta terça, o Amazonas registra mais de 283, 6 mil pessoas infectadas pela Covid-19, e mais de 9,1 mil mortes. O aumento de casos e mortes tornou janeiro o mês mais triste da história do estado.

Assayag lembrou que, na madrugada, os sintomas pioraram e ele ligou para um médico, amigo dele, que o aconselhou à ir para o hospital de Parintins. O levantador de toadas foi internado no dia 3 de janeiro após testar positivo para a Covid-19.

“Fui atendido pela médica que fez a tomografia, testou meu pulmão com comprometimento muito grande. E após dois dias no hospital de Parintins, eu fui removido para Manaus muito grave”, explicou.

Na capital, o levantador precisou ser internado em leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em um hospital particular no dia 7 de janeiro. Assayag afirmou que chegou a ficar alguns dias desacordado e não se recorda muito do que passou no início.

“Acordei passando por esse processo de tratamento. Graças a Deus, fui um cara muito tranquilo psicologicamente e não me abalei muito. Estava em uma enfermaria com muita gente infectada e mantive a calma durante todos esses 21 dias. Hoje, estou curado, no processo de fisioterapia e consigo falar melhor. Cheguei em casa muito debilitado, não conseguia nem levantar”, contou.

No dia 21 de janeiro, David Assayag recebeu alta hospitalar e foi para casa, onde realiza tratamento domiciliar. Ele disse que aguarda mais um pouco para fazer uma outra tomografia.

“Eu perdi 27 kg nesse processo e para recuperar os movimentos é muito difícil. Eu saí praticamente sem voz do hospital. Hoje, já consigo andar, ir ao banheiro sozinho, por conta da fisioterapia respiratória e motora. Fui um milagre que aconteceu dentro do hospital porque realmente foi muito difícil. Deus operou na minha vida com certeza”, disse.
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Ao G1, o levantador comentou sobre a morte do cantor Zezinho Corrêa, do grupo Carrapicho. Ele morreu no sábado (6), após mais de um mês de internado com Covid.

David Assayag publicou foto em rede social em homenagem ao cantor Zezinho Corrêa. — Foto: Arquivo Pessoal

“O Zé foi meu vizinho de leito, eu torci muito por ele, mas infelizmente ele veio à óbito. Um cara que contribuiu muito com a nossa música, nossa cultura, levou para o mundo através do Carrapicho, rodou o mundo e divulgou a nossa toada, nosso folclore, um cara que contribuiu muito. Gente boa, não tinha maldade, todo mundo gostava do Zé. A gente realmente perdeu um grande ícone”, disse.

Assayag também lembrou a morte do cantor e levantador de toadas Klinger Araújo, ocorrida em setembro de 2020, que também foi vítima da Covid-19. David também perdeu o irmão para a doença.

“Além do Zezinho, perdemos para a Covid o Klinger Araújo, perdemos um amigo nosso em Parintins também cantor e outros amigos que passaram por todo esse problema e conseguiram lograr êxito. O meu irmão, perdi meu irmão. No mesmo dia que eu entrei no hospital, o meu irmão também entrou, mas não resistiu”, disse.

Irmão de David Assayag faleceu em janeiro, vítima da Covid-19. — Foto: Arquivo Pessoal

“A nossa palavra é que não sabemos com quem tá se lutando, é um inimigo invisível. Vamos atender os decretos, vamos nos prevenir, usem mascara, álcool em gel porque é difícil. Perdemos muita gente, e torcemos para que logo a gente venha a achar cura para isso, já temos as vacinas e que venhamos nos imunizar para não acontecer mais coisas”, finalizou.

Fonte: G1 AM

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