Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) revelaram, nesta semana, que ele está “100% decidido” de que não passará a faixa presidencial para Lula (PT) na cerimônia de posse, que ocorrerá em 1º de janeiro de 2023.
Com isso, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que é senador eleito pelo Rio Grande do Sul, se tornaria o responsável pela entrega do objeto, mas ele também negou essa possibilidade em mais de uma ocasião.
“Passagem de faixa é do presidente que sai para o presidente que entra. Não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, qualquer um pode ir ali e entregar”, disse Mourão em entrevista ao jornal Valor Econômico, no dia 16 de novembro.
Durante a sua participação em um evento em Lisboa na semana passada, o vice-presidente também tocou no assunto, reforçando o seu posicionamento anterior. “Na minha visão, o presidente deveria passar a faixa porque é uma questão de presidente para presidente. Independente do processo, independente de gostar ou não da pessoa”, comentou.
Apesar as informações repassadas por aliados de Bolsonaro à imprensa, o presidente ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Apesar disso, durante a campanha eleitoral, o chefe do executivo disse que faria a entrega da faixa apenas se as eleições “fossem limpas”.
“Bolsonaro deveria ter humildade de, no dia 1º de janeiro, colocar a faixa [presidencial] no meu pescoço”, destacou Lula também durante a campanha deste ano.
Somado a isso, ainda de acordo com fontes do atual governo, Bolsonaro nem estará no Brasil no dia da posse do petista.
A informação é de que ele irá para a Itália no fim de dezembro. Com a possível rejeição de ambos (Bolsonaro e Mourão), alternativas estão sendo estudadas pelo gabinete de transição do presidente eleito, segundo o jornal O Globo.