Marilyn Monroe, Angelina Jolie, Amy Winehouse, Britney Spears, Lindsay Lohan, e a princesa Diana, são algumas celebridades que já assumiram sofrer deste transtorno
Com atitudes explosivas, a modelo Raissa Barbosa, ex- participante do reality show A Fazenda, chamou a atenção do público, pelas vezes que agiu de forma inesperada. Um exemplo é quando ela perdeu a paciência ao ser indicada ao “paredão”, socou um travesseiro e jogou um copo de água no cantor Biel. Depois disso, a equipe da modelo enviou um comunicado, informando que Raissa sofre da síndrome de Borderline.
De acordo com a Psicóloga da Samel, Rafaella Magalhães, trata-se de um transtorno de personalidade, também conhecido como limítrofe. “Isso significa que, a pessoa com Borderline se encontra no limite, na fronteira, do que é considerado neurótico ou psicótico. Em situações de crise, Borders podem apresentar tanto sintomas psicopatológicos neuróticos, quanto psicóticos. É difícil diagnosticar esse transtorno mental, justamente por essa complexidade”, explica a Doutora.
“Não podemos afirmar que nenhum transtorno mental é genético. Mas, há probabilidades maiores em parentes de primeiro grau para alguns transtornos, no caso do TPB, não podemos confirmar sua causa como genética ou ambiental específica. Porém, muitos borderlaines vivenciaram em sua experiência de vida conflitos emocionais difíceis e traumáticos (Ex. rompimento do vínculo materno e paterno), principalmente, na infância ou adolescência, causando sentimento de culpa e a automutilação como alívio da dor emocional”, Acrescentou Rafaella.
- Sintomas – Pacientes com o problema costumam apresentar comportamentos compulsivos ou agressivos, como demostrou Raissa no reality show ‘A Fazenda’. Em casos mais graves, podem ocorrer episódios de auto mutilação, depressão e paranoias. “De maneira geral, o Border é um sujeito extremamente intenso, então tudo é sentido no nível muito elevado, amor, ódio, tristeza, compaixão, medo. há muita auto sabotagem”, completou a Psicóloga da Samel.
- Diagnóstico – Apesar do comportamento da ex- peoa ter correspondido às características de quem apresenta a síndrome, Rafaella, avalia que o diagnóstico não pode ser feito partindo de um ato isolado. “Somente com o que houve dentro da casa, não é possível diagnosticá-la. Alguns comportamentos de raiva e descontentamento muito intensos, mas que ocorrem de forma isolada, não necessariamente definem um transtorno”, contou.
- Tratamento – Os pacientes que sofrem com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), une medicação psiquiátrica, psicoterapia e terapia dialética. O objetivo é ensinar o paciente a enfrentar situações de maneira mais adequada.
“Não existe remedinho mágico, o tratamento é multiprofissional e deve levar o sujeito a auto consciência, perceber seus gatilhos emocionais, prever relações que podem ser nocivas e evitá-las. Em alguns casos mais graves, é possível que haja a necessidade de internação”, relatou a Psicóloga.
- Como agir com Borders?
“Se você tem parentes ou amigos com esse transtorno, evite embates, desavenças. Claro, ele não é alguém que deva ser marginalizado por sentir só porque sente demais, pelos excessos do transtorno, pois recebendo o suporte necessário, tudo é controlável. Porém, em crises, Borders são manipuladores natos e ótimos leitores de pessoas, é necessário saber bem quem você é, quais são seus limites e respeitá-los, porque para os borders limite pode significar apenas uma palavra”, ressaltou a Psicóloga da Samel, Rafaella Magalhães.
Texto: Karol Maia