Butantan negocia parceria para desenvolver vacina contra a varíola dos macacos no Brasil

O Instituto Butantan está em negociação com o National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos, para viabilizar estudos e, possivelmente, a produção da vacina contra o Monkeypox no Brasil, diante do aumento de casos e mortes no país.

O possível acordo entre o Butantan e o NIH, agência de pesquisa médica dos Estados Unidos e braço do Departamento de Saúde e Serviços Humanos estadunidense, prevê a transferência de material biológico que permitirá ao Butantan ter condições de futuramente desenvolver a vacina no Brasil.

“Estamos apenas aguardando a formalização da parceria com o NIH, para o Butantan começar a criar expertise para uma possível produção da vacina”, explica o gerente de Inovação do Instituto Butantan, Cristiano Gonçalves Pereira.

O NIH, considerado o maior centro de pesquisa médica do mundo, pode oferecer o componente biológico para fins não comerciais.

Por isso, em um primeiro momento, os cientistas do Butantan farão diferentes estudos com o material importado.

“A parceria deve ser encarada como um passo inicial, de estudos, que serão realizados pelo Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan, pois temos essa capacidade. A produção terá início após superarmos as primeiras etapas”, explica a diretora do CDI, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi.

Com a parceria estabelecida, o Butantan poderá trabalhar na geração de bancos de células e de vírus, deflagrar processos de produção e metodologias analíticas essenciais para o desenvolvimento do imunizante contra o Monkeypox.

“O objetivo é ter um produto final seguro, com eficácia e imunogenicidade”, afirma o gerente de Inovação do Instituto Butantan.

Sobre o Instituto

O Butantan já produz oito vacinas em seu parque fabril: a CoronaVac; a vacina sazonal Influenza trivalente; vacina de hepatite A; vacina de hepatite B; vacina da raiva e as vacinas DT, DTP, DTPa (contra difteria, tétano e coqueluche).

Neste ano, o instituto inaugurou o Centro de Produção Multipropósito de Vacinas (CPMV), com capacidade de produção de até 100 milhões de doses de diferentes imunizantes por ano.

 

Foto: EDUARDO MUNOZ/REUTERS



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