Em meio ao mês de conscientização sobre o câncer de mama, uma mensagem de alento: se diagnosticado precocemente, a doença tem mais de 90% de chance de cura. A informação é da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Autocuidado, detecção de nódulos através do autoexame, práticas e hábitos saudáveis, exame de mamografia em dia e um check-up rotineiro podem proporcionar uma maior chance de cura.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a recomendação para realizar a primeira mamografia é a partir dos 40 anos, podendo ser ainda mais precoce para a mulher com histórico familiar da doença.
Mesmo com o dado esperançoso, ainda há um alerta para este ano. De acordo com o oncologista do Emilio Ribas, João Evangelista Bezerra, o Brasil deve enfrentar uma série de diagnósticos de câncer de mama avançado, relacionado ao período mais crítico da pandemia da Covid-19, quando exames e cirurgias eletivas pouco eram realizados.
“Deve haver uma demanda reprimida de diagnósticos. É possível evitar uma epidemia de câncer avançado. Esse ano acaba sendo de mais facilidade de acesso, com os serviços de saúde funcionando melhor. Então, é um ano pra gente reforçar, ainda mais, a importância desse exame para as mulheres”, pontua o especialista.
Mitos e Verdades
Realizar o autoexame já é suficiente para detectar um câncer de mama?
Mito — O autoexame das mamas deve ser estimulado, mas apenas ele não é capaz de detectar os vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura. É necessário buscar ajuda médica e realizar os procedimentos indicados pelo especialista.
Praticar uma atividade física ajuda na prevenção?
Verdade — Sobrepeso e obesidade são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Cerca de 30 minutos diários de caminhada já atua na redução desse risco.
Silicone pode causar câncer?
Mito — Não há relação entre câncer de mama e próteses de silicone.
Fazer mamografia todos os anos é necessário para detectar tumores?
Verdade — A mamografia é a principal forma de diagnóstico precoce da doença. No Brasil, 40% das mulheres de 40 a 49 anos nunca fizeram mamografia, apontam os estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Neste sentido, a mamografia 3D é uma forte aliada no diagnóstico do câncer de mama, inclusive precoce.