Nesta segunda-feira (17), o casal Adrya Polyanne Aragão dos Santos, de 28 anos, e Roberto Marinho Brito, 29, que é investigado pelo assassinato de Miriam Moraes de Souza, 21, que estava grávida de quatros meses, foi preso em uma região rural de Maués (a 276 quilômetros de Manaus).
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o crime ocorreu em 16 de janeiro de 2020 no bairro Tancredo Neves, na zona leste da capital amazonense. Miriam foi morta com 9 facadas na região da barriga após se recusar a abortar o filho de Roberto.
Após o crime, o corpo da jovem, que era amante do acusado, foi descartado em um igarapé na avenida José Romão, bairro São José Operário, na mesma zona da cidade. Depois disso, os suspeitos fugiram e Miriam foi encontrada por populares boiando nas águas do ‘Igarapé do Passarinho’, na zona Norte da capital.
“Eles sumiram da cidade de Manaus, não foram mais vistos por ninguém, até que recebemos informações de que eles estariam no município de Maués. Então imediatamente nós entramos em contato com a delegacia daquela região”, relata o delegado.
O titular afirma que ambos tem participação efetiva no crime e vão responder pelo crime de feminicídio. Os suspeitos passarão por uma audiência de custódia e estão à disposição da Justiça.
“O inquérito policial aponta a Adria ali no local do crime. Então o simples fato de ela estar no local acompanhando o Roberto, mesmo que dentro do carro, já coloca ela como uma participante desse delito. Porque ela poderia ter evitado esse delito, poderia ter feito alguma coisa e não fez”, destacou.
Além disso, o delegado também ressaltou que atualmente, Adria está grávida de nove meses e que por isso precisa de uma ordem judicial para ser transferida para Manaus, mas que isso só deve acontecer depois do nascimento da criança.
