Caso Klara Castanho: Coren-SP não comprova vazamento de informação e arquiva investigação

O Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) arquivou o processo de investigação do caso da atriz Klara Castanho, de 22 anos. Em 2022 a atriz revelou que uma enfermeira vazou informações sobre a entrega voluntária à adoção do bebê gestado por ela, fruto de um estupro.

Em nota, o órgão afirmou que não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes. Após o anúncio, a atriz, que teve a sua privacidade violada, se manifestou.

“Todas as medidas judiciais fundamentais foram tomadas pela equipe jurídica da atriz, para que os envolvidos sejam investigados e respondam por seus atos. As investigações estão em andamento protegidos pelo necessário segredo de Justiça. A atriz aguarda confiante na atuação da polícia e da Justiça, para que os fatos sejam esclarecidos”, disse a assessoria da artista ao jornal O Globo.

Em junho de 2022, Klara revelou que foi abordada por uma enfermeira, na sala de cirurgia de um hospital, ameaçando vazar a informação de que ela havia tido um filho. Além do trauma psicológico, a atriz também teve que enfrentar a atenção e o julgamento da mídia.

Veja a nota completa do Coren-SP: 

“O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou.

O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento.

Destacamos que foram respeitados todos os ritos processuais e que, em todo o processo de investigação que preze pela imparcialidade, são necessárias provas que comprovem as infrações e garantia do amplo direito de defesa. Esses são os princípios que regem a Constituição brasileira e o Código de Processo Ético dos Profissionais de Enfermagem.

O Coren-SP reitera sua solidariedade e disponibilidade à atriz e o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais”.

 



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