Cheias no Paquistão deixam 16 milhões de crianças em risco

Desde meados de julho deste ano, o Paquistão vem enfrentando fortes chuvas e alagamentos durante a temporada de monções, que são ventos sazonais que mudam de direção de acordo com as estações. Porém, a piora deste cenário nas últimas duas semanas levou o país à uma crise humanitária sem precedentes.

Dados do Fundo da Organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que as crianças são 30% das vítimas fatais dos alagamentos mais recentes. Além disso, outras 16 milhões foram impactadas e 3,4 milhões precisam de apoio humanitário. Ainda segundo a agência, 18 mil escolas foram danificadas ou destruídas.

Somado a isso, uma análise do representante do Unicef no país, Abdullah Fadil, mostra que com o agravamento da situação e a chegada do inverno, mais crianças podem sofrer e morrer com doenças graves transmitidas pela água. Apesar dos esforços para ajudar, as operações de resgate ainda encontram muitas dificuldades, já que grande parte dos caminhos de acesso à algumas regiões foi danificada.

Segundo a OMS, 72% dos distritos foram afetados e metade deles está em estado de calamidade. Com esse cenário, foram montados 27 centros de saúde e mais de 4,5 mil acampamentos médicos pelo país, porém muitas dessas instalações também foram danificadas, o que interrompeu os atendimentos à população.

Desde o início da crise humanitária, o país já conta com várias vítimas. Além disso, quase meio milhão de pessoas já foram deslocadas. Com esse cenário, nesta semana o primeiro-ministro do Paquistão pediu um “apoio sério e sincero” da comunidade internacional.



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