Enquanto os Estados Unidos esperam pelo fim da nevasca histórica responsável por pelo menos 64 vítimas fatais em todo o país neste fim de ano, os relatos de pessoas morrendo em seus carros ou bloqueadas pela tempestade se multiplicam.
De acordo com as autoridades, 31 dessas mortes ocorreram no condado de Erie, que inclui a cidade de Buffalo, em Nova York, onde o presidente Joe Biden decretou ‘estado de emergência’ na última segunda-feira (26).
As autoridades temem um número maior de vítimas, à medida que as equipes de socorro avançam pelas áreas afetadas. O mau tempo que atinge o país há uma semana começou a diminuir nesta quarta-feira (28).
“Esta é claramente a nevasca do século”, afirmou a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul. “Estamos nos recuperando de uma das piores nevascas que já vimos, infelizmente com o maior número de mortos que já tivemos”, lamentou uma autoridade do condado de Erie, Mark Poloncarz.
O frio extremo que atingiu os Estados Unidos foi acompanhado por fortes nevascas e ventos, o que provocou cenas de caos no transporte rodoviário e aéreo e forçou o cancelamento de milhares de voos.
“Moro em Buffalo desde 1970 (…) e esta é a pior coisa que já vi”, comentou Joe Mergl, outro residente desta grande cidade perto da fronteira com o Canadá.
Socorristas bloqueados
A vice-prefeita de Buffalo, Crystal Rodriguez-Dabney, disse à CNN na terça-feira (27) que socorristas saíram para resgatar outras equipes de resgate. “Foi preciso primeiro ajudar os socorristas para que eles pudessem ir e ajudar a população”, explicou.
Uma funcionária dos serviços de emergência citada pelo Washington Post, que ficou presa em sua ambulância por 14 horas sem comida ou água, disse que “a maioria das ligações (de emergência) vinha de pessoas presas em seus carros”.