Uma pesquisa do Chile voltou a comprovar a imunogenicidade da CoronaVac em crianças e adolescentes, com soroconversão (anticorpos) atingindo 91,8% um mês após a segunda dose. A vacina teve um desempenho ainda melhor naqueles com comorbidades, chegando a 97,4% nesse grupo.
O estudo foi publicado no ‘Revista Internacional de Doenças Infecciosas’ e conduzido pelos Ministérios de Saúde e de Educação do país e pela Faculdade de Medicina da Universidade do Chile. O país aplica a CoronaVac em crianças a partir dos 3 anos desde dezembro de 2021 e, no final de agosto, aprovou a aplicação do imunizante a partir dos 6 meses.
Os cientistas avaliaram a soroconversão de anticorpos IgG em cerca de 2 mil crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, estudantes de 24 escolas localizadas nas três regiões mais populosas do Chile. No grupo analisado, 173 crianças tinham comorbidades como obesidade, doença pulmonar crônica, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e câncer.
A porcentagem de crianças que produziram anticorpos contra o SARS-CoV-2 (soroconversão) foi de 91,8% um mês após a segunda dose.
Analisando os indivíduos separadamente de acordo com faixa etária, sexo, localização e presença de comorbidades, a soroconversão se manteve alta, acima de 85%, na maior parte dos grupos.
A vacina é segura
A vacina, recentemente aprovada no Brasil para a faixa etária de 3 a 5 anos, e que tem sido aplicada desde janeiro no grupo de 6 a 17, já teve a sua segurança comprovada em diversas pesquisas.
Outro estudo, também do Chile, mostrou que a CoronaVac é o imunizante com a menor taxa de eventos adversos dentre aqueles que são aplicados em crianças no país, com apenas 10,67 notificações a cada 100 mil doses – 0,01% do total de doses aplicadas. A vacina também tem a menor taxa de eventos adversos nos adultos.
A eficiência da CoronaVac contra casos graves também foi demonstrada em estudos de mundo real.
No Brasil, uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) registrou uma efetividade de 59,2% contra hospitalizações por Covid-19 no público de 6 a 17 anos.
No Chile, em crianças de 3 a 5 anos, a efetividade foi de 69% contra internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 64,6% contra hospitalização, mesmo durante o surto da ômicron.
Com informações do Butantan**
