Deputados do AM negam prioridade a projeto de lei que torna pedofilia crime hediondo

Nesta semana, os deputados federais do Amazonas Delegado Pablo (União) e Silas Câmara (Republicanos) votaram contra a priorização da votação do Projeto de Lei (PL) 1776/15 que classifica pedofilia como um crime hediondo. A sessão ocorreu na quarta-feira (19).

O projeto, que tramita na Casa desde 2015, tem constado da pauta do Plenário desde maio, mas ainda não foi avaliado. O pedido para priorizar o PL foi feito pela bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), porém a proposta foi recusada por 224 deputados.

A maioria dos deputados seguiu a orientação do governo e votou contra o requerimento. No total, 135 parlamentares foram favoráveis ao projeto, entre eles estão o Capitão Alberto Neto (PL), José Ricardo (PT), Marcelo Ramos (PSD) e Sidney Leite (PSD), todos representantes do Amazonas em Brasília.

A votação ocorreu em um momento onde o tema está em destaque no país devido à fala do presidente Jair Bolsonaro (PL), que alegou em uma entrevista que “pintou um clima” entre ele e uma garota venezuela de aproximadamente 14 anos.

Criminalização dos institutos de pesquisas eleitorais

No dia anterior à votação do PL da pedofilia, de autoria de Paulo Freire (antigo PR/SP) e de Clarissa Garotinho (União/RJ), tanto o Delegado Pablo (União) quanto Silas Câmara (Republicanos) votaram a favor da urgência do PL 96/2011, que tem como objetivo criminalizar institutos de pesquisas quando os resultados da votação forem diferentes das projeções realizadas.

O PL, de autoria do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), foi aprovado por 295 votos a favor contra 120. Os outros representantes do Amazonas votaram contra a proposta.



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